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Educar para quê?


Publicado pelo Aprendiz 01/09/2006

(Alexandre Le Voci Sayad)
O Jardim di Napoli, uma cantina tradicional de São Paulo, foi cenário para uma conversa bem menos previsível. Num bate-papo existencialista-educacional com o economista João Sayad (que costuma misturar economia com filosofia) brotou naturalmente a pergunta que dá nome a este artigo.

Ele trazia na bagagem as discussões que aconteceram no encontro DNA Brasil na Praia do Forte (BA) e eu, as que aconteceram no evento organizado por Jorge Paulo Lemann e Jorge Gerdau no mesmo local, semanas depois (quando produzi reportagens para o site Aprendiz).

Para que damos uma festa? Para que ouvimos uma sinfonia? Se encontrarmos uma resposta muito objetiva a essas perguntas caímos no pecado de tratar educação com a mesma frieza que tratamos uma planilha de orçamento.

Para que nos relacionamos com outra pessoa? A resposta poderia ser: para se ter um filho, mas com certeza essa é parte de uma verdade muito maior. O fato é que muitos economistas e gestores têm condicionado o pensamento da educação a uma verdade parcial de seus objetivos: educar não serve apenas para formar um bom profissional, por exemplo.

Nesse sentido, as escolas francesas deram um bom recado ao ensino técnico no Brasil no começo do século passado - mas e a Sourbonne, deixou alguma lição? O ex-ministro do Planejamento me lembrou, entre talharines e polpettones que passavam nas mãos de garçons afobados, que as escolas técnicas norte-americanas são recheadas de humanidades. Um contador deve conhecer filosofia, assim como o garçom que acabara de errar meu pedido.

Recordou-me também que os gastos por aluno no ensino superior de diversos países ultrapassa muito o dinheiro destinado à educação por aqui - e considerado uma fortuna por gestores do poder público (como ele mesmo escreveu para a Folha de S.Paulo, no Brasil um estudante universitário ainda é "barato").

A parábola foi criada para que eu chegasse à conclusão de que boa gestão, a bola da vez da educação, não é suficiente para ela seja de qualidade - e toda a multiplicidade de funções que isso pode significar. O dinheiro carimbado para a educação ainda é muito pouco, o mesmo destinado ao pagamento das infindáveis dívidas públicas. Temos, sim, que investir mais.

Mas fico também convencido que articulação da escola com a comunidade é um fator tão crucial quanto a quantidade de dinheiro investida - como já disse, educação não é planilha. Ou seja, na resposta a "Educar para quê?" deve caber tudo isso, ao mesmo tempo - e quem sabe mais. Pedimos então a conta, e começamos a digerir o almoço.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=6581e7c90af4701001ce669e50307db5

Aprendiz

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