Ato público marca compromisso por educação |
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Publicado pelo Aprendiz 08/09/2006 |
(Karina Costa)
Representantes do governo, fundações, institutos, organizações não-governamentais, educadores e sociedade civil assumiram, hoje (06/09), o Compromisso Todos Pela Educação, a favor da educação de qualidade no país. O ato público aconteceu nas escadarias do Museu do Ipiranga, em São Paulo, na véspera de 7 de setembro, e foi considerado, pelos gestores do movimento, o "segundo grito" de independência do Brasil. Agora, a favor da educação.
Durante o evento, foram apresentadas as cinco metas que guiarão a campanha e que deverão ser atingidas até o ano de 2022, quando será comemorado o bicentenário da independência do Brasil. São elas: manter as crianças e os jovens com idade entre quatro e 17 anos na escola; todas as crianças com até oito anos de idade deverão saber ler e escrever; todo aluno aprenderá o conteúdo adequado a sua série; todos os alunos concluirão o ensino fundamental e médio na idade correta. E a quinta meta é criar um fundo de recursos suficiente para suprir todas as necessidades da escola.
A universalização da educação básica já é realidade no Brasil. Porém, o compromisso visa garantir a qualidade do ensino para todas as crianças e adolescentes. Para isso, está previsto que, até 2011, seja investido 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação básica. Até 2022, esse percentual deve ser mantido e mais 1% deve ser investido na educação superior, segundo o ministro da Educação Fernando Haddad. "A educação de qualidade significará a emancipação definitiva do país. Além disso, se o movimento for aderido por toda a sociedade não haverá troca de governo que possa interromper esse compromisso", declarou Haddad. "O que o poder público pode oferecer são os instrumentos e, a sociedade civil deve exigir as metas", completou.
Para o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO) no Brasil, Vincent Defourny, o investimento em educação é o grande desafio do século XXI. "A educação brasileira em relação ao mundo é péssima. O desafio agora é colocar a qualidade como prioridade. O investimento do Brasil na educação é muito baixo, 3,6% do PIB. A UNESCO recomenda que seja 6%. Ainda falta muito por fazer", acredita.
Entretanto, para que se garanta melhores condições educacionais é necessário que a sociedade se envolva com a causa, segundo recomenda o presidente do comitê executivo do compromisso, Jorge Gerdau. "A educação não pode esperar e nem ficar na mão de um pequeno grupo da sociedade. O movimento convida todos, independente da condição social, política ou econômica. Nosso compromisso é interferir e deixar de ocultar os problemas da educação no país", disse.
A coordenadora do comitê executivo da campanha e presidente do Instituto Pão de Açúcar, Ana Maria Diniz, acredita que o segmento empresarial tem muito a contribuir com o processo. Ela sugeriu que as empresas foquem os projetos de seus institutos e fundações para que eles impulsionem as metas do compromisso. "O Pão de Açúcar, por exemplo, está revendo todos os projetos do seu instituto para ter certeza de que estão focados nas metas da campanha", contou.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Mozart Neves Ramos, disse que a idéia é que as metas sejam traduzidas para uma linguagem mais popular. "Podemos fixar nas redes de supermercado as metas para que a divulgação atinja as pessoas em todos os lugares. Se estão cientes do compromisso, os pais podem se aproximar das escolas para saber como está a formação dos filhos e contribuir para que as metas sejam efetivamente cumpridas", sugeriu.
Representando os professores durante o lançamento, a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Olavo Pezzotti, Maria de Fátima Borges de Oliveira, convidou todos os professores, escolas e instituições educacionais para ajudar na tarefa de educar.
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