Publicado pelo Aprendiz 08/09/2006

(Marina Rosenfeld)
Lançado o movimento pela melhoria da educação, os 14 conselheiros da campanha se reuniram em coletiva de imprensa para apresentar os próximos passos do Compromisso Todos pela Educação.

Segundo os conselheiros, duas grandes ações nortearão o movimento nos próximos meses. A primeira é um site (www.todospelaeducacao.org.br), chamado de observatório, onde as metas e os resultados da campanha serão divulgados constantemente. "A idéia é que a sociedade possa acompanhar todos os passos de perto", disse Ana Maria Diniz, membro do conselho do Pão de Açúcar e coordenadora do comitê executivo da campanha.

Também faz parte da primeira ação acompanhar o quão distante as escolas estão das metas. Para isso, cada escola da rede pública de ensino receberá uma espécie de "boletim" com as metas e as diretrizes do movimento para que possam analisar se o caminho pelo qual estão seguindo está correto. "Faremos um monitoramento fino com cada escola, cada diretor, cada professor. A partir de hoje, todos têm obrigação de lutar por uma educação de qualidade", comentou o ministro da Educação e membro do comitê, Fernando Haddad.

Segundo Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna e membro do comitê da campanha, o conceito de educação do movimento vai além de simplesmente preencher vagas na escola. "É a permanência nela e principalmente sucesso na formação. Mas para isso é preciso entender que a educação é uma questão pública, de todos nós. Não é uma questão exclusiva do estado".

A outra grande ação é legitimar os melhores processos de educação que estão sendo feitos pelo país e que podem servir de modelo. "Não queremos dar receita de bolo. Queremos divulgar as melhores práticas. É como se fosse um cardápio de opções em que educadores, jovens e pais podem escolher a melhor forma para contribuir com o ensino de qualidade", afirmou Diniz.

Um outro importante passo já foi até dado: a descoberta de que o investimento em educação básica pode ser aumentado de 3,6% para 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o ministro da Educação, essa mudança é totalmente viável. "Até 2011 pretendemos aumentar para 5% e assim mantê-lo até 2022. O outro 1% será investido no ensino superior. Assim, conseguiremos atingir o número recomendado pela Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO)".

Quando questionado sobre a continuidade do movimento, após a mudança de governo, o ministro da Educação disse que considera praticamente impossível uma quebra no processo. "Não acredito em descontinuidade. Ninguém, nem nenhum governo, pode ser contra um projeto que une todas as vontades do país. Não é uma campanha das pessoas que estão aqui, mas sim da nação", concluiu Haddad.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=84e34f1e0af4701001ce669e52d7cc82

Aprendiz

Para mais informações clique em AJUDA no menu.