Publicado pelo Terra 11/09/2006

Pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa Observatório Universitário comparando microdados do Censo IBGE de 2000 mostrou que a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores é diferente daquela para a qual se prepararam. O número representa 53% do total analisado, e varia conforma a carreira. Em enfermagem, o índice é de 84%. Em geografia, é de só 1%. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Para os avaliadores do instituto, a situação reflete a elaboração brasileira de seu modelo de ensino, definido como "o pior dos mundos". "O Brasil oferece uma educação secundária de péssima qualidade e uma profissional muito precoce, o que faz com que nossos filhos tenham sua vida de estudantes secundários pautada por vestibulares", afirma o pesquisador Edson Nunes.

Outro motivo que engessa a educação, segundo Nunes, é a pressão das corporações profissionais para limitar a atuação no mercado, regulamentar as profissões e interferir na definição dos conteúdos ensinados. Para ele, o objetivo maior do ensino superior é preparar pessoas competentes e com formação sólida para dominar linguagens que as permitam aprender qualquer profissão.

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1132218-EI994,00.html

Terra

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