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Patrimônio histórico no currículo escolar


Publicado pelo Aprendiz 12/09/2006

(Cristina Veiga)
"O que é nosso, a gente tem que preservar porque é a nossa identidade, a identidade nacional". Foi assim que Bruno Lomonaco, de apenas 11 anos, resumiu a importância de estudar na escola a preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental. Nos últimos dois anos, ele conheceu as cidades históricas de Santos (SP) e Paraty (RJ) e, nos próximos dois, vai ao Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (SP) e à Ilha do Cardoso (SP) levado pela Escola Nossa Senhora das Graças.

Debruçado sobre o computador, ele escrevia - junto com outros quatro colegas - a reportagem sobre a viagem a Paraty. "Temos que falar sobre o modo de vida do caiçara", sugeria ele enquanto explicava ser o "saco" um acidente geográfico. Nas fileiras seguintes, grupos e mais grupos de crianças conversavam animadamente sobre o quê incluir no texto que fala sobre a cidade colonial histórica. "O mais legal foi visitar o centro histórico e imaginar como eles viviam lá", emendou Vitória Marino, de 12 anos, enquanto escrevia outro texto.

No caminho para Paraty, as crianças aprendem que a cidade surgiu por causa da chamada trilha do ouro, daí conhecem o casario, o centro histórico, as razões de a cidade ter sido tombada e os motivos de ela ainda não ter conquistado o título de patrimônio histórico (uma delas é a fiação não ser subterrânea). Mas ficam sabendo também das dificuldades de se viver em uma cidade tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde nada pode ser modificado.

"Procuramos mostrar os contrates, a diversidade do lugar, porque esse é o retrato do nosso país", acredita a orientadora das quintas e sextas séries do ensino fundamental do Gracinha, Nausica Riatto. Por isso, os alunos conhecem também o estilo de vida dos pescadores de Paraty e as dificuldades enfrentadas por quem mora nas encostas da Serra do Mar na descida para Santos. Além disso, cada viagem dessas serve para os meninos aprenderem português, matemática, história, geografia, artes, fotografia e até mesmo inglês.

A apostila sobre essas viagens, os próprios alunos se encarregam de montar. Orientados pela escola, vão preenchendo os espaços com informações, desenhos e, posteriormente, fotos. "Aqui é a Bolsa do Café. Na sala do conselho eles decidiam os valores do café", conta, com desenvoltura, Pedro Lima, de 11 anos, fazendo a relação que a orientadora desejara: "Conheço também o centro histórico de São Paulo e a cidade de Goiás".

Faz parte do roteiro histórico escolhido pela escola visitas ao Parque da Luz e à Pinacoteca, no centro paulistano e à Santana do Parnaíba, no arredores da cidade. As viagens, no entanto, marcam mais as crianças. "Os vitrais, a sala do pregão e os painéis de Benedito Calixto na Bolsa do Café são as coisas mais legais de Santos", relembra João Vidal, de 11 anos. "Ah, o Monte Serrat e o Engenho dos Erasmos são muito mais legais. Mas, o divertido mesmo foi viajar todo mundo junto", discorda Caetano Petrópolis, também de 11 anos.

Apesar de só agora o governo pretender incluir no currículo escolar a conservação do patrimônio http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=181dbdd90af4701000a83a13afd7f58c , o Gracinha trabalha com o tema há mais de 10 anos. "Os alunos passam a ter um olhar mais crítico, passam a se preocupar com a preservação e ficam mais atentos ao que acontece no mundo", acredita a orientadora das sétimas e oitavas séries, Ligia Augusta Mori.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=9d269abb0af4701001ce669e8235ac6f

Aprendiz

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