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A graduação de pedagogia após mudanças do MEC


Publicado pelo Universia Brasil 12/09/2006

(Priscilla Borges)
Os cursos de pedagogia ganharão um novo formato. A partir de agora, as graduações na área formarão professores para a educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental. Os temas de gestão e administração escolar - que são a base dos atuais currículos de pedagogia - deverão ser tratados na pós-graduação. Com isso, os cursos chamados normais superiores serão extintos. Até abril do ano que vem, todas as instituições que oferecem graduação na área precisam apresentar os novos projetos pedagógicos ao Ministério da Educação.

As mudanças têm peso importante para os profissionais da área. A criação dos novos currículos a partir da formação de professores representa um resgate de uma das principais funções do pedagogo: a docência. "É uma alteração positiva porque a universidade tirou essa formação da pedagogia, mas não há como formar um profissional dessa área mantendo-o distante da sala de aula", analisa Tatiana Portella, assessora do curso de pedagogia da Universidade Católica de Brasília (UCB).

A carga horária das graduações será maior. Passará das atuais 2.800 horas para 3.200 horas. Desse total, 2.800 serão destinadas à formação curricular com aulas, seminários, pesquisas, consultas a bibliotecas e centros de documentação, visitas a instituições educacionais e culturais, atividades práticas e participação de grupos de estudos; 300 são para estágio supervisionado em educação infantil ou primeiros anos do ensino fundamental e mais 100 horas de atividades como iniciação científica, extensão e monitorias.

Mas isso não significa que os futuros pedagogos não receberão mais nenhuma formação na área administrativa. As novas diretrizes curriculares para a área prevêem que as faculdades devem formar os universitários para o planejamento, a execução e a avaliação de tarefas inerentes ao setor educacional. Porém, é verdade que os interessados em se aprofundar nos temas de gestão e administração precisarão se especializar por meio de cursos de pós-graduação.

Para a assessora da graduação em pedagogia da Católica, os estudantes do cursos normais superiores, que serão extintos, não têm o que temer. Na prática, a vida deles não terá grandes modificações. Eles receberão a formação para o magistério. "De modo geral, a sociedade tinha um certo preconceito em relação ao curso. Por conta do nome, as pessoas associavam à idéia da escola que prepara normalistas", destaca Tatiana. Com a carga horária maior, ela acredita que os cursos terão a duração ampliada em seis meses. Hoje, o estudante se forma com três anos de estudo, em média.

Formação mais sólida

Na avaliação de quem cursa a área, as modificações são positivas. Chris Alves, de 26 anos, está no 6º semestre do curso normal superior. Sempre quis ser professora. Escolheu a carreira de maneira consciente. "Acho que o aluno vai ganhar com o novo projeto pedagógico. Os futuros professores, que serão diretores e gestores, verão as salas de aulas com outros olhos. A escola vai andar melhor", afirma. Para Mírian Cristine Araújo, 27, que acabou de se formar em pedagogia, a alteração na graduação é importante. "A formação do professor tem de ser a base do curso", destaca.

Mírian admite que, desde quando ingressou na faculdade, não tinha a intenção de dar aulas. Mas para ser uma orientadora ou gestora de ensino precisava conhecer a rotina dos professores para saber administrar melhor uma escola. "Eu faria pedagogia de qualquer jeito, independentemente do modelo do curso", garante. Tatiana Portela acredita que todos os alunos da área receberão uma formação mais sólida. "O conhecimento adquirido durante o processo de ensino-aprendizagem não serve só para as salas de aula. Quem quiser trabalhar com desenvolvimento de projetos, responsabilidade social ou treinamentos em empresas utilizará essa bagagem", diz.
Leia mais em:

http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=33227

Correio Brasiliense

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