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Cultura junk envenena a infância


Publicado pelo IG 13/09/2006

As crianças britânicas estão sendo envenenadas por uma "cultura inútil" de alimentos industrializados, jogos de computador e uma educação competitiva demais, advertiu na terça-feira um influente grupo de especialistas

Numa carta aberta ao jornal Daily Telegraph, 110 professores, psicólogos e autores de livros infantis -- incluindo o consagrado escritor Philip Pullman e a famosa especialista Penelope Leach -- pediram ao governo que tome providências imediatas para impedir a extinção completa da infância.

Forçadas a "agir e a se vestir como miniadultos", as crianças estão ficando cada vez mais deprimidas e apresentando cada vez mais problemas comportamentais, afirmaram eles.

"Como os cérebros das crianças ainda estão em desenvolvimento, elas não conseguem se adaptar como os adultos aos efeitos das mudanças culturais e tecnológicas cada vez mais rápidas", diz a carta.

"Elas precisam do que os seres humanos em desenvolvimento sempre precisaram, incluindo comida de verdade (e não "lixo" industrializado), brincadeiras de verdade (e não o entretenimento sedentário, com base numa tela), experiências diretas com o mundo em que vivem e interação regular com adultos da vida real que sejam importantes em suas vidas".

A carta foi divulgada por Sue Palmer, ex-diretora de escola e autora de um livro chamado "Toxic Childhood" (Infância Tóxica), e Richard House, professor do Centro de Pesquisa para Educação Terapêutica da Universidade de Roehampton, em Londres.

"O desenvolvimento das crianças está sendo drasticamente afetado pelo tipo de mundo em que elas estão crescendo", disse Palmer ao Daily Telegraph. "É estarrecedor".

"O crescimento físico e psicológico de uma criança não pode ser acelerado. Ele muda no tempo biológico, não a uma velocidade elétrica. A infância não é uma corrida".

Os especialistas condenaram o sistema educacional britânico, cada vez mais direcionado a alvos específicos, e pediram ao governo que reconheça a necessidade das crianças por mais tempo e espaço para se desenvolver, fazendo um apelo para que haja um debate público sobre a forma de educar crianças no século 21.

O premiado escritor de livros infanto-juvenis Michael Morpurgo, que também assinou a carta, disse que a pressão acadêmica e do mercado está acabando com a infância.

"Está se infiltrando gradativamente, como um veneno, na cultura", disse ele à rádio BBC. "Há menos espaço para a leitura, para o sonho, para a música, para o teatro, para a arte e para, simplesmente, brincar".

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/saude/2519001-2519500/2519255/2519255_1.xml

Reuters

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