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51% das crianças são fumantes passivas


Publicado pelo Aprendiz 25/09/2006

(Alan Meguerditchian)
Um total de 51% das crianças são fumantes passivas. Este foi o principal resultado de um estudo desenvolvido pelo Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP) que analisou mil crianças de zero a 14 anos. Além disso, a pesquisa identificou que 24% das crianças atendidas pelo hospital apresentaram nicotina na urina, o que indica que estiveram em contato com a fumaça do cigarro um dia antes.

Segundo o coordenador da pesquisa, o pediatra João Paulo Lotufo, o estudo reflete a falta de informação em torno do fumo passivo, que significa inalar as toxinas presentes no cigarro por meio da fumaça produzida por uma pessoa que fuma ao lado de outra. "Muitos pais ainda não sabem que, caso ele fume dentro de casa, o filho terá 25% mais chances de sofrer de câncer de pulmão. É complicado fazer essas pessoas pararem de fumar. Se o risco for para a mulher ou os filhos, a consciência dói mais", diz.

Uma possível orientação poderia partir dos pediatras, mas segundo Lotufo pouquíssimos estão capacitados para informar os pais sobre o assunto. "Em outra pesquisa, entrevistamos 200 médicos pediatras que clinicam na cidade de São Paulo: 50% não falam sobre fumo passivo para os pais de seus pacientes e a outra metade diz que trata do assunto. Mesmo dizendo que abordam a questão, quase 100% errou quando questionados sobre a concentração de reposição de nicotina necessária para um medicamento que diminui a síndrome de abstinência".

Para o médico, a formação dos futuros doutores falha ao não tratar do assunto na universidade. "Incluímos há pouco tempo o assunto nas graduações de saúde da USP", diz.

Atitudes como fumar em ambientes separados ou acender o cigarro em locais mais arejados são apenas paliativas, segundo Lotufo. "Não adianta nada fumar em outro cômodo. A fumaça do cigarro percorre a casa inteira. Mesmo fumando antes de chegar em casa, o cheiro do cigarro fica nas roupas do pai. Quando ele entrar, o filho sentirá. Aqueles mais sensíveis ou com rinite, por exemplo, serão afetados prontamente".

A escola pode colaborar para modificar essa realidade. "Caso a criança tome consciência dos problemas na escola, ela colaborará bastante dentro de casa. Mas observei casos em que o jovem de 16 anos fumava mais de dois maços por dia (40 cigarros). Ele tinha contato com o cigarro dentro de casa. A escola ajuda, mas não resolve", diz.

Segundo o pediatra, as crianças que têm contato freqüente com a fumaça do cigarro têm duas vezes mais chances de morrer subitamente, de desenvolver bronquite e asma, além de problemas nas vias aéreas e câncer.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=ccb153230af4701001ce669e4fd534

Aprendiz

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