Capacitação humanitária em escolas cariocas |
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Publicado pelo Envolverde 29/09/2006 |
Escolas da rede pública de ensino do Rio de Janeiro recebem capacitação para conhecer os princípios humanitários que limitam o sofrimento humano em situações de conflito armado. É o programa piloto Exploremos o Direito Humanitário, criado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que será adotado, inicialmente, em oito escolas fluminenses. A partir de noções básicas do direito internacional humanitário, o programa propõe aos estudantes a discussão sobre formas de solucionar impasses e conduzir divergências levando em conta a existência de limites, tolerância e solidariedade, convidando os alunos a refletirem sobre estas questões em seu ambiente cotidiano e no mundo.
Nos dias 14,15 e 16 de setembro, 42 professores das áreas de História, Geografia, Filosofia, Sociologia e Língua Portuguesa dessas oito escolas participaram do primeiro seminário de capacitação do programa, na cidade de Petrópolis. Estes professores serão os responsáveis por ensinar o conteúdo do programa aos alunos ao longo do ano letivo, sob a supervisão da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, a partir de um acordo assinado como o CICV.
"Como todo país signatário das Convenções de Genebra, o Brasil tem o compromisso de promover o estudo e a difusão do direito humanitário entre a sociedade civil, mesmo em tempos de paz", explica o responsável pela Delegação Regional do CICV, Michel Minnig. As quatro Convenções de Genebra, de 1949, que protegem combatentes feridos e enfermos, náufragos, prisioneiros de guerra e civis, são uma das bases do direito humanitário. "Temos experiências muito positivas com este programa não só em países que atravessam situações de conflito armado, mas também em países vizinhos ao Brasil, como o Chile e o Uruguai".
A experiência do CICV com a implementação deste programa em outros países mostra que a discussão sobre o direito humanitário ajuda no reconhecimento dos limites da liberdade individual entre os próprios alunos e na sociedade onde eles vivem; na compreensão dos problemas e da situação das outras pessoas; no despertar da perspectiva humanitária; na consideração de problemas e conflitos que ocorrem no cotidiano dos estudantes; no desenvolvimento da consciência cidadã própria do cidadão responsável; no surgimento de uma atitude mais ativa, participativa, de serviço, de compromisso e num "efeito pacificador indireto" entre os alunos.
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=22930&edt=34
Envolverde
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