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27.ª Bienal começa nesta quarta, mas no cinema


Publicado pelo Estadão 04/10/2006

Andarilho", de Cao Guimarães, no Cine Bombril, abre o evento que este ano não se traduz apenas na mostra que ocupa todo o prédio no Parque do Ibirapuera
(Camila Molina)
A 27.ª Bienal de São Paulo começa Nesta quarta-feira à noite suas inaugurações com a pré-estréia, para convidados, do filme "Andarilho", de Cao Guimarães, no Cine Bombril. Como nesta edição a Bienal não se traduz apenas na mostra que ocupa todo o prédio no Parque do Ibirapuera - projeto que Lisette Lagnado vem defendendo desde que foi escolhida curadora-geral do evento -, também ocorrerá uma programação de vídeo e cinema agora em outubro no Cine Bombril (de quarta até dia 18) e no Cine Segall, no Museu Lasar Segall (entre domingo e dia 22). A mostra mesmo, no pavilhão da Bienal no Ibirapuera, será inaugurada quinta-feira e na sexta-feira, para convidados do circuito das artes e autoridades políticas, e no sábado, a partir das 10 horas, para o público. A entrada para a mostra, que ficará aberta até 17 de dezembro, será gratuita, mas para as sessões de filme será de R$ 8 (R$ 4 meia-entrada).
A programação no Cine Bombril e no Cine Segall é denominada Quinzena de Filmes e tem curadoria também de Lisette Lagnado com Marcio Harum. Para fazer parte da programação foram selecionados vídeos e filmes tanto de artistas quanto de cineastas que estivessem em sintonia com o conceito da mostra, "Como Viver junto" - inspirado nos seminários proferidos pelo filósofo Roland Barthes entre 1976 e 1977 no Collège de France - assim como obras audiovisuais e "filmes históricos que marcaram o pensamento de Hélio Oiticica sobre a imagem-movimento", como já afirmou a curadora-geral da 27ª Bienal - o pensamento do artista brasileiro morto em 1980 é um dos vetores do projeto curatorial de Lisette, apesar de sua obra física mesmo não estar presente em nenhum dos segmentos expositivos do evento.
"Andarilho", de Cao Guimarães, é uma obra inédita do artista mineiro. Trata-se do segundo filme de sua "Trilogia da Solidão", iniciada em 2004 com o longa-metragem premiado "A Alma do Osso". O filme que dá início às mostras da 27.ª Bienal é, como diz o seu título, um trabalho sobre andarilhos solitários que cruzam com o Outro numa estrada no norte de Minas Gerais. "É uma obra que trata da relação entre o caminhar e o pensar, mas do isolado. Faz um contraponto com o tema da Bienal, que é ´Como Viver junto´", já disse Cao Guimarães anteriormente. O filme, dirigido, roteirizado e editado pelo próprio Cao, tem 80 minutos
Cao Guimarães é dos criadores que trabalham na linha entre o cinema e a arte, entre o documental e o poético. "Para mim esse caminho foi natural. Quando jovem, queria ser cineasta, mas fazer cinema era caro e dependia de muita gente", conta o artista. Depois, começou a fazer fotos e alguns filmes "caseiros" em Londres, uma espécie de "diário em super-8". Para Cao, o circuito de arte contemporânea cria uma outra abertura para criadores de cinema: "Abertura para uma produção que está à margem, diferenciada."
Mas este é apenas um dos pontos de discussão. A Quinzena de Filmes contará, além de obras de criadores que transitam entre a arte contemporânea e o cinema, com trabalhos de cineastas estritos, entre eles Jean-Luc Godard, Fassbinder e Júlio Bressane.

http://www.estadao.com.br/arteelazer/visuais/noticias/2006/out/03/318.htm

Estadão.com

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