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Filme vai recriar método Paulo Freire em SP


Publicado pelo Envolverde 10/10/2006

(Talita Bedinelli)
Documentário vai promover e registrar a alfabetização de um grupo em uma favela de São Paulo e recontar a vida e a obra do pedagogo.

O método de alfabetização do pedagogo Paulo Freire (1921-1997) será recriado junto a uma pequena turma de jovens e adultos de uma favela de São Paulo. A idéia será colocada em prática por uma produtora, cujo objetivo é filmar todos os passos da atividade para fazer um documentário sobre a vida e a obra do educador. A produção será veiculada na TV Escola, o canal televisivo do MEC (Ministério da Educação) que é transmitido para 29,5 milhões de alunos e 1,2 milhão de professores de 45 mil escolas públicas do Brasil.

A proposta foi a vencedora do prêmio Documentário Paulo Freire – a Contemporaneidade de um Mestre, um concurso feito pelo MEC e pelo PNUD. Participaram da iniciativa 19 produtoras de diversas partes do país, que apresentaram à comissão julgadora projetos de filme sobre o pedagogo — um dos mais importantes do século 20, autor do clássico Pedagogia do oprimido (1968).

Nascido no Recife, Paulo Freire criou uma pedagogia baseada na alfabetização como um instrumento para a criação de uma consciência crítica. Seu método de alfabetização se contrapõe às cartilhas e privilegia as palavras relacionadas ao cotidiano do aluno. “A idéia do prêmio era mostrar em um documentário que os ensinamentos do Paulo Freire são contemporâneos e como as idéias dele foram importantes para o Brasil”, conta o produtor da TV Escola Érico Monnerat.

O projeto considerado mais inovador e que melhor contextualizava o pensamento do pedagogo foi o da produtora Olhar Imaginário, realizadora de filmes como Cabra-Cega (vencedor de 25 prêmios em festivais de cinema do Brasil), Latitude Zero (ganhador de 15 prêmios nacionais e internacionais) e Dia de Festa (que retrata a vida da população sem-teto de São Paulo, atualmente em cartaz).

A empresa terá R$ 170 mil para colocar em prática o trabalho. O filme terá cinco histórias que se entrecruzam. A primeira delas será o registro de um curso real montado pela própria equipe do documentário, ministrado por um monitor especializado no método Paulo Freire. A turma será filmada integralmente, durante as 40 horas de duração da atividade. Cerca de 15 pessoas deverão ser beneficiadas, estima o produtor responsável pela obra, Toni Venturi. “O mais interessante é que não será uma encenação. Mesmo que apenas alguns trechos sejam utilizados, o curso será dado do começo ao final e vai deixar algo para a comunidade”, diz o cineasta, que estudou em um colégio que usava a metodologia do pedagogo.

O documentário vai ainda mostrar depoimentos dos primeiros participantes do método em Angicos, município do Rio Grande do Norte onde foram realizados os primeiros trabalhos com lavradores; vai investigar a influência de Paulo Freire em outras áreas do saber e da cultura, como a dramaturgia; retratar os reflexos do método na Suíça, Suécia, Canadá e alguns países da América Latina; e falar sobre a vida pessoal do educador. “Além de mostrar a importância de Paulo Freire e o significado de sua pedagogia, queremos trazer também a discussão sobre uma educação transformadora e a qualidade da escola pública”, destaca Venturi.

O trabalho deverá ser produzido em, no máximo, três meses. Depois, ele será reproduzido pelo canal do MEC, que é captado por parabólicas ou por transmissão via satélite. Todos que tiverem esses dispositivos poderão assisti-lo, mas as escolas são o foco principal. “A idéia é passar o programa para os professores gravarem e utilizarem nas aulas. Nós mandamos todos os meses nossa grade com a programação diária para que as escolas se programem. O filme será passado ainda pelo menos três vezes em um período de um ano”, conta Monnerat.
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http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=23299&edt=34

Envolverde

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