Publicado pelo Aprendiz 18/10/2006

(Priscila Albino
Equipe GD)
É possível ver estrelas no céu de São Paulo? Praticamente impossível. Pensando nisso, o Sesc Santana e a empresa Asterdomus Planetarium (quarta maior empresa mundial especializada em construir planetário móvel) mostra, até o fim de outubro, simulações de observação do céu noturno a olho nu. Um planetário móvel foi montado em campo aberto mostrando à população como a astronomia pode ser interessante. O evento é gratuito e aberto ao público de todas as idades.

A viagem para os 60 participantes, que é a capacidade do planetário, começa com uma narração do pôr-do-sol. Ao anoitecer ouve-se histórias das constelações seguida de uma viagem espacial. Logo após, todos são convidados a seguir viagem a Júpiter e a Saturno. Em contagem regressiva, os participantes "pousam" no espaço. Em poucos segundos, todos estão observando o planeta Terra. O passeio termina quando "chamados" a "voltar" para a Terra, onde há um lindo nascer do Sol.

Além do planetário, também há oficinas de construção e lançamento de foguetes feitos com garrafas PET, observações do céu com telescópio e contação de histórias sobre o universo das estrelas.

O coordenador de projetos da Asterdomus Planetarium, Renato da Silva Oliveira, conta que esse projeto é uma oportunidade ímpar para a população. "Nossa cidade estava, há sete anos, sem ter um planetário. Essa ação é extremamente bem vinda e elogiável. Podemos falar sobre a astronomia em um ambiente de entretenimento, divertindo e educando. Isso é a entrada para o mundo da ciência", diz.

Essa parceria vem beneficiando regiões carentes da cidade de São Paulo. O Sesc Santana foi escolhido propositalmente, pois a zona norte não possui nenhum espaço que explore a galáxia e, sua população, quase não tem acesso aos dois únicos planetários paulistanos (Parque do Carmo e Ibirapuera). A estrutura móvel terá uma rotatividade no Sesc ao longo desse ano.

O Brasil pouco investe na disciplina astronomia, possui apenas 20 planetários fixos em todo o país. Territórios geograficamente menores como o México possuem até 40, o dobro dos que existe no Brasil, um território muito maior.

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