> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Unesco elogia educação pré-escolar na AL


Publicado pelo Terra 27/10/2006

A América Latina e o Caribe são as regiões do mundo em desenvolvimento líderes na educação da primeira infância, segundo um informe da Unesco publicado nesta quinta-feira, no qual a organização lamente a escassez de recursos ao ensino pré-escolar em todo o planeta.
Na América Latina e no Caribe, a porcentagem de crianças em idade de escolarização pré-primária, ou seja, até cinco anos, é de 62%, enquanto que, na Ásia Oriental e no Pacífico é de 35%, nos Estados árabes de 16% e na África subsaariana de 12%. Esta organização da ONU considera que a educação pré-escolar continua sendo o "primo pobre do ensino na maioria das nações em desenvolvimento do mundo", apesar de estarem perfeitamente demonstrados os benefícios que proporcionam ao desenvolvimento posterior da criança.
"A melhoria do bem-estar da infância em sua mais tenra idade deve ser um componente essencial e sistemático das políticas de educação e redução da pobreza e necessita de um maior respaldo político", declarou o diretor-geral da Organização para as Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura.
É por esta razão que a atenção e o ensino da primeira infância é o primeiro dos seis objetivos do programa Educação para todos da Unesco, que pretende, até 2015, universalizar todos os níveis de ensino e reduzir à metade o analfabetismo nos adultos. Segundo a organização, quanto mais elevada a porcentagem de educação pré-escolar em um país, mais alta é a taxa de educação primária posterior.
No entanto, esta parte do ensino requer menos de 10% do orçamento da educação na maioria dos países. A Unesco recorda que, no geral, os gastos em educação aumentam, mas reapresentam cada vez mais uma porcentagem menor do PIB, em regiões como a América Latina. Além disso, a organização enfatiza que todos os anos morrem nos países em desenvolvimento mais de dez milhões de crianças antes de completar os cinco anos por doenças que poderiam ser evitadas. Esta dramática situação pode alterar os programas centrados em nutrição, saúde e educação.
Segundo o Instituto de Estatística da Unesco, no final de 2005 quase 100 milhões de menores, dois terços delas meninas, não iam à escola. No que diz respeito exclusivamente à escola primária, no final de 2004 havia 77 milhões de crianças que não iam à escola primária, três quartos deles vivendo na África subsaariana, meridional e ocidental. Na América Latina e no Caribe cerca de 83% das crianças matriculadas na escola primária chegam ao último ano desse ciclo. O programa Educação para Todos prevê que, em 2015, o ensino primário seja universal, gratuito e obrigatório.
A Unesco parabeniza também o fato de que, no ensino primário, a paridade entre meninos e meninas escolarizados, outro dos objetivos da Educação para Todos, está sendo conseguida, apesar de, em Estados como o Afeganistão, Paquistão, Iêmen ou Níger, ainda persistirem desigualdades. Para solucionar todas as deficiências na educação primária, o informe propõe contratar mais professores, que devem ser formados e incentivados com maior eficácia. Somente na África subsaariana são necessários entre 2,4 e 4 milhões de professores para universalizar o ensino primário.
"É preciso tornar a escola primária mais acessível, suprimindo o pagamento de matrículas, fornecendo às famílias incentivos para reduzir sua dependência econômica do trabalho infantil e proporcionando uma assistência especial às crianças portadoras de Aids", afirma o relatório. Por último, e no que diz respeito à educação de adultos, a Unesco assegura que no final de 2005 771 milhões de adultos no mundo, 60% deles mulheres, não sabiam ler ou escrever.
No mundo árabe, na Ásia meridional ou na África subsaariana, o índice de alfabetização de adultos se situa ainda abaixo dos 70%. No mundo todo, um em cada cinco adultos é analfabeto, conclui a ONU.

http://educaterra.terra.com.br/educacao/noticias/2006/10/26/002.htm

AFP

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader