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Pesca e poluição ameaçam esgotar mares até 2048


Publicado pelo Estadão 03/11/2006

Os pesquisadores que fazem o alerta pedem mais reservas marítimas, um gerenciamento mais eficiente da pesca e um controle mais rígido para a poluição

Ostras, mariscos, bacalhau e até os modestos espetinhos de peixe frito poderão virar uma memória distante em poucas décadas. Se a tendência atual de pesca predatória e poluição dos mares continuar, as populações de praticamente todos os frutos do mar entrarão em colapso por volta de 2048, diz uma equipe de economistas e ecologistas, em artigo publicado na edição da sexta-feira, 3, da revista científica Science.

"Não importa se olhávamos para piscinas formadas pela maré ou para o oceano como um todo, víamos sempre o mesmo quadro: ao perder espécies, perdemos produtividade e estabilidade de ecossistemas inteiros", disse o principal autor do trabalho, Boris Worm, da Dalhousie University. "Fiquei chocado e perturbado ao ver a consistência dessas tendências, muito além do que suspeitávamos", declarou ele.

Embora o foco do estudo tenha sido o oceano, ecologistas já manifestaram preocupação com espécies de água doce, também.

Worm e uma equipe internacional passaram quatro anos analisando 32 experimentos, outros estudos realizados em 48 áreas de proteção marítima e dados mundiais do rendimento da pesca coligidos pela Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU, entre 1950 e 2003.

Os pesquisadores também estudaram uma linha do tempo de 1.000 anos de 12 áreas costeiras, valendo-se de registros históricos, arqueológicos e geológicos.

"Neste momento, 29% das espécies de peixes e frutos do mar entraram em colapso. Isto é, o rendimento da pesca caiu mais de 90%. É uma tendência clara, e está acelerando", alerta Worm. "Se a tendência de longo prazo se mantiver, ainda estarei vivo quando todas as espécies de peixe e fruto do mar entrarem em colapso, em 2048".

Para evitar a crise, os pesquisadores pedem mais reservas marítimas, um gerenciamento mais eficiente para evitar a pesca excessiva e um controle mais rígido para a poluição.

http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/nov/02/193.htm

AP

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