Dia Nacional da Consciência Negra |
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Publicado pelo UOL 17/11/2006 |
As comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra - 20 de novembro - completam 35 anos em 2006. A data será lembrada, com feriado, em 225 cidades, de 11 estados. Entre elas, estão três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá. Na capital paulista, pela primeira vez, o feriado municipal, instituído em 2004, coincide com um dia útil, devendo alterar a rotina da cidade. Ativistas e principais organizações do movimento negro do país se uniram para realizar a primeira “Parada Negra de São Paulo”, uma marcha prevista para acontecer, a partir das 12h, desde o vão livre do MASP, na Avenida Paulista, um dos cartões postais da cidade.
Feriado
O Decreto-Lei 13.707/04, sancionado pela então prefeita Marta Suplicy, em janeiro de 2004, e que instituiu o feriado do Dia da Consciência Negra no calendário oficial de eventos da cidade de São Paulo, originou-se do Projeto de Lei 617/01, de autoria dos vereadores Ítalo Cardoso e Claudete Alves (PT-SP). A capital concentra a maior população afrodescendente fora da África, estimada em 3,2 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE.
Autorizado pelo governo local desde 1999, o município do Rio de Janeiro é o pioneiro na adoção do feriado de 20 de novembro, estendido depois para todo o estado. A data também já se tornou feriado oficial nos estados de Alagoas e Amapá, nas cidades de Cuiabá (MT) e Juiz de Fora (MG), e nos municípios paulistas de Campinas, Hortolândia, Rio Grande da Serra, Jundiaí, Sorocaba, São José do Rio Preto e Santa Bárbara d’Oeste.
A data
O 20 de novembro foi consagrado por representantes e lideranças do movimento negro brasileiro como o dia de homenagem à imortalidade de Zumbi dos Palmares (1655-1695) e os ideais de liberdade que simbolicamente o líder negro representa. A idéia foi discutida, em 1971, por iniciativa do Grupo Palmares, de Porto Alegre, sendo assimilada, em 1978, durante o Congresso do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, mais tarde rebatizado Movimento Negro Unificado (MNU).
A reivindicação de lideranças e ativistas afrodescendentes ganharia força, ao inserir-se na agenda oficial, consagrando Zumbi como herói e a referência à data de sua morte, um dos fatores de maior impulso à consciência negra no Brasil. Desde então, teve início a luta da comunidade negra pelo reconhecimento de Zumbi como herói nacional, ainda hoje considerado por muitos como um símbolo “perigoso”, devido à sua capacidade, ainda que simbólica, de recuperar o negro como agente histórico em busca da própria liberdade.
http://meusalario.uol.com.br/main/trabalhomais/negro/conscnegradcto
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