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Acesso à internet para aldeias indígenas


Publicado pelo Envolverde 21/11/2006

(Ivan Richard)
Enviar uma correspondência eletrônica, trocar experiências e conhecimento com outras comunidades e conversar com pessoas que estão distantes são exemplos de facilidades da internet. Agora, uma parceria entre o Ministério das Comunicações e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vai levar essa realidade também para aldeias indígenas de todo o país. Os responsáveis pelos primeiros pontos a serem instalados - serão 20 até janeiro do próximo ano - passaram por treinamento durante a 1ª Mostra Nacional de Saúde Indígena, iniciada no último dia 15 e que termina hoje (17), em Brasília.

A idéia é utilizar o programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac) como forma de levar a inclusão digital aos índios. A parceria foi firmada em março deste ano durante a 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena. A meta é instalar o programa, que permite acesso à internet de alta via satélite, em 220 aldeias em todo país até o final de 2007.

O presidente da Funasa, Paulo Lustosa, explicou que a parceria vai proporcionar, além da inclusão digital, a melhoria no repasse de informações sobre a saúde indígena. ”Vamos melhorar nossos sistemas de informação demográfica, de mortalidade infantil, vacinação, e DST/AIDS”, exemplificou. “Os vários sistemas que hoje são preenchidos a mão passarão a ser feitos pela internet, de tal maneira que tenhamos maior confiabilidade dos dados para firmarmos nossas políticas públicas”, completou Lustosa.

Cecília Tumbalalá participou do treinamento realizado durante a 1ª Mostra Nacional de Saúde Indígena. Ela mora na aldeia Tumbalalá, localizada entre os municípios de Abaré e Curaçá, na Bahia. Segundo Cecília, na sua aldeia a internet chegou em 2004, depois de uma parceria entre uma organização não-governamental e o Ministério das Comunicações. São 4 computadores para uso de aproximadamente três mil índios.

“Ajuda no envio de documentos para os órgãos competentes, ajuda os mais jovens na escola. A gente também teve a oportunidade de participar da inclusão digital, que é nosso direito”, afirmou. “Depois a gente começou a reivindicar por mais saúde, educação e na própria questão territorial”, contou Cecília Tumbalalá.

De acordo com ela, a chegada da internet diminuiu a barreia de acesso ao conhecimento e tem despertado muito interesse em todas na aldeia. “O uso é articulado. Existe um grupo gestor para gente tentar administrar o tempo e horário para atender todo mundo. Porque, realmente, todos procuram e é um pouco complicado administra o tempo, mas estamos esticando. Começou com quatro horas, depois só pela manhã e agora atendemos até a noite”, informou.

Para a coordenadora do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena, Carmem Pankararu, o Gesac pode ajudar a salvar vidas. “Primeiro vai facilitar a comunicação e vai ajudar, com certeza, a salvar vidas. Porque o grande índice de mortalidade entre os índios é por acidentes ou por doenças degenerativas exatamente pela falta de comunicação”, pontuou. “Quem está na selva e é picado por cobra e se não tiver a comunicação para chamar o avião de imediato morre“, exemplificou.

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=24812&edt=34

Agência Brasil

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