> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Propostas para educação entregues ao Presidente


Publicado pelo Envolverde 23/11/2006

O Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial) da Fiesp reuniu-se na última terça-feira (21) para discutir propostas para a área da Educação. O objetivo é elaborar um documento com sugestões para a melhoria do ensino, do fundamental ao superior, que será entregue ao Presidente da República.

O presidente do Consocial, Paulo Renato Souza - que foi ministro da Educação na gestão de Fernando Henrique -, enfatizou que o Governo Federal tem um papel estratégico a desempenhar em todas as esferas do ensino, ainda que as escolas de fundamental e médio estejam sob a égide dos Estados e Municípios. "Cabe ao MEC ajudar, reforçar, avaliar e corrigir o que acontece no nível local", afirmou.

O documento preliminar foi redigido pela secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro. Em essência, as propostas enfatizam a necessidade de "correr contra o tempo", visando uma melhoria na qualidade de ensino que coloque o Brasil em pé de igualdade com os outros países emergentes.

Uma das medidas sugeridas é o fortalecimento da Secretaria de Educação Básica, que passaria a contar com um grupo de pessoas de grande relevância no cenário educativo: empresários, cientistas e políticos teriam a missão de acompanhar as realizações da Secretaria, fornecendo subsídios e propondo mudanças de rumo sempre que estas fossem necessárias. "O prestígio destas pessoas asseguraria seu acesso ao Presidente e aos ministros", destacou Maria Helena.

Também caberia ao MEC manter o sistema nacional de avaliação por amostra, além de apoiar e estimular, inclusive financeiramente, os Estados e Municípios para que desenvolvam sistemas próprios e universais de avaliação da aprendizagem escolar, com metodologias que permitam a comparabilidade.

Outro ponto crítico é a escolha de diretores de escola - em 62% das escolas públicas, o cargo é preenchido com base em critérios políticos. É preciso definir regras que assegurem maior estabilidade das equipes da escola e não provoquem descontinuidades indesejáveis.

Mais eficiência, melhor qualidade

A falta de eficiência na gestão das escolas é mais um obstáculo a ser superado. "Os diretores desperdiçam tanto tempo com a democracia que eles mal têm tempo para pensar em qualidade de ensino", observou Maria Helena. Além da informatização administrativa, é necessário criar padrões e metas de desempenho para as escolas e sistemas de ensino, promovendo e assegurando a autonomia das escolas, em articulação com os indicadores do Censo Escolar e os instrumentos de avaliação externa.

Como o calcanhar de Aquiles do ensino básico é a fragilidade na preparação dos professores, cabe ao MEC agir com vigor. "Cumpre melhorar a formação dos professores, sugerir mudanças na carreira docente e modernizar as práticas de sala de aula", assinala o documento.

Sobre o Ensino Médio, que hoje está associado a índices alarmantes de desistência e evasão, os conselheiros foram unânimes: é preciso repensar a escola, torná-la mais flexível e atrativa. Uma medida eficiente seria criar turmas mais homogêneas, com os mais jovens estudando de dia, enquanto as aulas noturnas ficariam reservadas aos alunos mais velhos, que geralmente trabalham. Estes poderiam ter acesso a um currículo abreviado, com versão reforçada do currículo de habilidades transversais (comunicação, matemática aplicada, computação etc.), que os ajudaria a enfrentar o mercado de trabalho com mais competência e preparo.

A criação de um exame de saída do ensino médio, a ênfase na formação de tecnólogos (área ainda recente e limitada no Brasil) e a busca de um padrão de excelência no ensino superior são outros itens que deverão constar na proposta da Fiesp para a Educação no Brasil. "Precisamos acompanhar atentamente as discussões internacionais, em especial na Comunidade Européia, que hoje debate o Protocolo de Bolonha", salientou Maria Helena Castro.
Leia mais em:

http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=24991&edt=34

Envolverde

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader