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Edição dos 50 anos de Grande Sertão


Publicado pelo Folha Online 27/11/2006

(EDUARDO SIMÕES)
Em 2001, a Nova Fronteira pôs no mercado uma edição de "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa (1908-1967), que respeitava a insólita ortografia do autor, erroneamente "revisada" após a reforma ortográfica de 1971. A edição trouxe de volta pérolas como "dansar", grafada com "s", porque, para Rosa, a cedilha no "c" "prendia a palavra à linha", impedindo o movimento que o vocábulo deveria evocar.

Para 2006, quando o clássico faz 50 anos, a editora viu na instalação da diretora Bia Lessa sobre a obra, em cartaz no Museu da Língua Portuguesa, os conceitos de que precisava para uma edição especial. Lessa espalhou no museu galhardetes com páginas do livro, de uma edição do bibliófilo José Mindlin, com correções de Rosa. E criou "trilhas" --de Riobaldo, Diadorim, do Diabo, do Senhor e da crítica-- pelas quais o público poderia escolher uma perspectiva para ler a obra. A exposição tirou do livro a aura de "obra difícil".

"O que nos chamou a atenção na exposição foi a idéia de convite. O público brinca, tem prazer em conhecer o clássico. Resolvemos trazer isso para o livro", diz a editora Izabel Aleixo, da Nova Fronteira.

A edição, que chega com 10 mil exemplares e cujo lançamento acontece hoje (leia à esquerda), dialoga com a instalação. Em capa dura, o livro vem forrado com tecido branco bordado --um elemento artesanal, presente na exposição. "Quis a capa branca porque o livro com o tempo fica sujinho, apropriando-se do ambiente. E o bordado lembra a mistura de popular e sofisticado característica da obra", diz Bia Lessa.

O volume vem numa caixa que inclui o catálogo da exposição. Tudo "amarrado" com um cordão vermelho, numa alusão ao barbante que prendia o lápis aos caderninhos de anotações de Rosa. "O catálogo complementa a obra. Lá estão manuscritos, fragmentos do livro que foram expostos, documentos aos quais o leitor não teria acesso", diz a diretora, que levará sua exposição ao Paço Imperial, no Rio, em 2007.

Há ainda um DVD com depoimentos dos críticos Antonio Candido e Décio Pignatari, dos escritores Antonio Callado e Sérgio Sant'Anna, do documentarista Eduardo Coutinho, do poeta Haroldo de Campos e do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Uma visita virtual à instalação e uma leitura de trecho feita por Maria Bethânia completam a viagem ao sertão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u66403.shtml

Folha de S.Paulo

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