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Itamaraty forma diplomatas negros


Publicado pelo Universia Brasil 29/11/2006

(CINTHYA OLIVEIRA)
Em vez de estabelecer cotas raciais, o Itamaraty encontrou outra alternativa para colocar mais negros no Instituto Rio Branco, única porta de entrada para a diplomacia brasileira. Trata-se do Programa de Ação Afirmativa - Bolsas-Prêmio de Vocação para a Diplomacia, uma parceria entre Ministério das Relações Exteriores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Através dele, são oferecidas bolsas de estudo para afro-descendentes que desejam se preparar para o concurso de admissão à carreira diplomática. Desde 2002, quando começou a funcionar o programa, o Itamaraty forneceu 124 bolsas, cada uma de R$ 25 mil. Por enquanto, sete bolsistas já conseguiram ser admitidos no difícil concurso (200 candidatos por vaga).

Um deles é o jornalista paulistano Marcus Vinícius Marinho, que recebeu a bolsa por dois anos e foi aprovado no concurso na segunda tentativa. "A ajuda da bolsa foi fundamental. É um auxílio financeiro que oferece um respaldo para procurar o que quiser para a preparação, que pode ser contratar um professor particular, pagar um cursinho de meu interesse ou comprar livros importantes", conta.

A seleção dos bolsistas é realizada anualmente pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe), em duas etapas: provas objetivas e discursivas e uma entrevista técnica. Marinho diz que a banca avaliadora não apenas observou a sua cor no momento da entrevista, como também teve de falar sobre sua identidade racial.

"Eles perguntam sobre nossas experiências, se tiveram momentos em que as questões raciais marcaram nossas vidas, questionam sobre participação em algum tipo de militância ou movimento. Ou seja, avaliam o quanto a negritude influencia a sua vida", explica o diplomata, que está em seu primeiro ano de estudos no Instituto Rio Branco.

Oportunidades

Segundo o secretário do Instituto Rio Branco, Geraldo Tupinambá, os bolsistas que não conseguiram passar no concurso para diplomacia ainda têm a oportunidade de seguir essa carreira.

"Cerca de dois terços dos candidatos ao concurso já fizeram a prova mais de uma vez. Por isso, os bolsistas dos anos anteriores que não passaram na prova continuam tendo a chance de se tornarem diplomatas. Mas também têm alguns que passaram em outros concursos e estão trabalhando para o governo em outras áreas. Dessa maneira, a bolsa ajudou a formar não apenas diplomatas, mas outros profissionais do Estado", diz o secretário, que avalia como ótimo o rendimento dos bolsistas.

http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=34548

O Tempo

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