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Novas tuberculoses mortais ameaçam se espalhar


Publicado pelo Portal Terra Notícias 22/01/2007

Especialistas internacionais recomendaram medidas radicais para conter novas cepas de tuberculose resistentes a antibióticos que apareceram na África do Sul e ameaçam se espalhar por todo o mundo.

O diretor do Centro Conjunto de Bioética da Universidade de Toronto, Ross Upshur, e os cientistas sul-africanos Jerome Amir Singh e Nesri Padayatchi afirmaram à Efe que a gravidade da epidemia exige medidas extremas para conter sua extensão. As suas conclusões aparecem na última edição da revista médica PLoS Medicine.

Upshur observou que os remédios hoje existentes são incapazes de tratar as novas mutações da tuberculose, como XDR-TB e MDR-TB. Isso obrigará as autoridades na área de saúde a tomar decisões difíceis como a quarentena obrigatória e o isolamento de populações em risco. "A resposta apropriada pode ser adotar restrições a curto prazo", sugeriu Upshur. Ele mencionou o caso da aparição da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) em 2003, em Toronto, como exemplo dos problemas éticos que podem ser provocados por novas doenças.

Em 2003, a difusão em vários hospitais de Toronto do vírus da Sars, uma doença respiratória originada na Ásia, provocou a morte de 44 pessoas. A situação foi de pânico generalizado, com a falta de dados sobre o então misterioso vírus. As autoridades aplicaram quarentenas maciças inclusive entre pessoas que não apresentavam sintomas da doença, o que causou polêmica.

Amir Singh afirmou que no caso das novas mutações de tuberculose surgidas nos últimos anos na África do Sul, "o Governo sul-africano deveria aplicar quarentenas muito mais firmes", devido ao extremo perigo da doença.

No dia 1 de setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que tinha detectado uma nova cepa da tuberculose extremamente resistente a remédios (XDR-TB) na localidade sul-africana de Tugela Ferry, em KwaZulu-Natal (KZN). A organização pediu à comunidade internacional uma resposta semelhante à adotada contra o Sars e o vírus da gripe aviária.

De 53 pacientes infectados com XDR-TB, 44 deles também portadores do HIV, 52 morreram 16 dias depois de apresentar os sintomas da doença. Entre os mortos havia seis trabalhadores do setor de saúde. Os autores do estudo alertaram que "a taxa de mortalidade do XDR-TB, especialmente em tão curto prazo, não tem precedentes em nenhum lugar do mundo".

A África do Sul é um dos destinos turísticos mundiais de maior crescimento, onde vivem milhões de trabalhadores procedentes de outros países africanos e asiáticos. A mistura das condições sociais com a virulência do vírus pode ser fatal, avisam os cientistas. "Temos uma crise sanitária internacional potencialmente explosiva. A ameaça à saúde pública regional e mundial é clara, conforme relatórios que mostram que o XDR-TB é endêmico em KZN, presente em 39 hospitais da província e outras partes do mundo", afirmam.

O estudo mostra que, em 2006, foram detectados 300 casos de XDR-TB na África do Sul. Hoje, a média é de 30 novos casos por mês só no estado de KwaZulu-Natal, epicentro também da epidemia do HIV/aids na África do Sul. Para os pesquisadores, os 30 casos mensais "provavelmente só representam uma pequena proporção da verdadeira extensão do problema", já que "o número de pessoas cultivando infecções latentes é desconhecido e provavelmente impossível de saber na atualidade".

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1363838-EI298,00.html

Terra Notícias

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