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Salas de cirurgia sob comando de voz


Publicado pelo site O Estado de São Paulo 29/01/2007

Instituições investem ainda em aparelhos que permitem ao médico receber exame em tempo real, durante operação


O médico precisa que o foco de luz no leito cirúrgico fique mais forte. Diz um “high” e o desejo é atendido na hora. Ele quer comparar o ecocardiograma do paciente feito antes da operação com os batimentos cardíacos mantidos durante a cirurgia. Levanta os olhos e analisa tudo no monitor em frente. Alguma dúvida? Olha para a tela adiante e conversa com um colega que está na Europa. Os recursos, cada vez mais comuns nos hospitais de ponta do País, formam as chamadas salas inteligentes de cirurgia.

A idéia dessas salas é dar ao médico o máximo de autonomia possível nos comandos cirúrgicos. “A chance de erro e de contaminação durante a operação são menores com o controle”, avalia Newton Quadros, diretor-executivo do Hospital Dia-Fleury, em São Paulo, um dos primeiros no Brasil a instalar a tecnologia, há dois anos.

De acordo com Nilton Kawahara, coordenador do setor de Videolaparoscopia da Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, um dos que usam as salas, os aparelhos podem substituir a função de pelo menos duas pessoas na sala cirúrgica.

As salas inteligentes foram criadas no fim da década de 90, nos EUA. São usadas em cirurgias pouco invasivas guiadas por imagem, principalmente em urologia, ginecologia, ortopedia, neurocirurgia e procedimentos vasculares e do abdome. Os aparelhos são comandados por voz ou monitor sem fio.

No Brasil, há pelo menos seis hospitais com salas desse tipo - Hospital Salvador (Salvador), Hospital Pasteur e Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Rio) e Albert Einstein, Fleury e Hospital Santa Rita (São Paulo). Na Europa e nos Estados Unidos, são cerca de 2,5mil centros inteligentes.

O Einstein investiu R$ 5 milhões em quatro salas desse tipo, inauguradas há um mês. A opção foi pelo controle por monitor portátil.

Com oito polegadas, a tela permite que o médico acione 50 funções sem parar a operação ou pedir ajuda, como acender ou apagar as luzes da sala.

Já no Hospital Dia-Fleury, tudo pode ser controlado por voz nas duas salas - os comandos são gravados pela voz do médico que vai usar os aparelhos.

Nessas salas não há fios no piso para facilitar a limpeza e a locomoção no ambiente. Os aparelhos têm braços pneumáticos. Aparelhos de DVD e impressoras podem ser acionados pelo monitor wireless.

Telas de plasma penduradas no teto, que serviam para exibir imagens da parte do corpo operada na laparoscopia, agora mostram exames do paciente, como ressonâncias e tomografias e são usadas para videoconferência.

FUNÇÕES VITAIS

O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que acaba de reformar o centro cirúrgico, também começou a usar monitores com funções especiais. Uma das especialidades beneficiadas foi a anestesia. “As telas chegam a interligar 16 funções vitais do paciente durante a operação”, conta Enis Donizetti Silva, anestesiologista do Serviço de Anestesia do Sírio. Entre elas, batimentos cardíacos, pressão arterial, informações respiratórias e pressão nos pulmões.

Com os sinais usados como referência, as telas “inteligentes” calculam os padrões ideais de cada função e mostram tudo na forma de gráficos para o médico.

O médico pode ainda receber resultados de exames feitos durante a cirurgia. Amostras de sangue são enviadas num frasco, por exemplo, e o laboratório do próprio hospital manda o resultado pelo monitor antes do fim da operação. Ou então, envia um raio X e o resultado vem na mesma tela.

US$ 40 MIL POR TELA

O Hospital do Coração (HCor) foi um dos primeiros a usar monitores inteligentes. De uma vez só, o hospital abasteceu as UTIs com 40 aparelhos de 17 polegadas e tela plana de sinais vitais de última geração. Cada um custou US$ 40 mil.

http://www.estado.com.br/editorias/2007/01/29/ger-1.93.7.20070129.1.1.xml

O Estado de São Paulo

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