Sensor de odores e arquitetura da orelha |
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Publicado pelo site Folha Online 29/01/2007 |
Em alguns anos, quando quiserem confirmar que você é quem afirma ser, irão medir sua orelha e cheirar seu corpo. Parecem até modos de um homem de Neanderthal, mas é tecnologia de ponta em desenvolvimento. A biometria --sistema de identificação a partir das características físicas e comportamentais-- já têm diferentes suportes e utilizações [confira]. Para o futuro, aposta-se em módulos ainda mais ousados, precisos e, para os críticos, perigosos.
Hoje, segundo analistas, não há um sistema melhor que outro. "Muitos fatores devem ser levados em conta na implantação, incluindo localização, riscos de segurança, tarefa [identificação ou verificação] e número esperado de usuários", explica Marcelo Epstein, especialista em biometria há quase uma década e diretor da Control iD.
No mercado biométrico, o principal faturamento ainda vem de aparelhos de reconhecimento de impressões digitais. Especialistas apontam, no entanto, que nos próximos anos esse tipo de plataforma deve ser ultrapassada, principalmente em sistemas segurança. Leitores da íris e das veias da mão entram com força na disputa.
"O reconhecimento de padrões de veias [na mãos] é um dos mais recentes e promissores métodos para identificação biométrica", avalia Dalton Luz, CEO da Politec, maior empresa privada de serviços de Tecnologia da Informação do Brasil. Segundo ele, porém, o reconhecimento de íris ainda é o mais preciso.
Apesar de terem suas preferências, os estudiosos de biometria concordam em um ponto. "Com certeza, a partir de 2007, as aplicações vão aumentar e fazer parte do dia-a-dia de grande parte da população", diz Nelson Yassuo Osanai, diretor da Fujitsu, empresa que fornece aparelhos biométricos ao banco Bradesco.
Por mais curioso que possa parecer, já estão em desenvolvimento e testes sensores de odores para fins biométricos. O "olfato eletrônico" seria programado para detectar partículas emitidas pelo próprio corpo e contornar "cheiros artificiais", como de perfume ou suor. No futuro, cientistas planejam usá-lo para traçar, por exemplo, o caminho feito por um criminoso na cena do delito.
Já o sistema que mapeia a arquitetura da orelha funcionará como o identificador facial. Será pouco invasivo, pois o rosto poderá ficar distante do sensor biométrico. Como ponto positivo, há a constatação de que a orelha pouco se modifica durante a vida. Tanto um quanto outro ainda devem demorar anos para chegarem ao mercado, segundo empresas especializadas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21498.shtml
Folha Online
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