Saldando o débito com a natureza |
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Publicado pelo site do Jornal da Tarde 01/02/2007 |
ONGs ajudam o cidadão a neutralizar sua emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa
Acender uma lâmpada, pegar um ônibus ou até mesmo comer um pedaço de carne bovina. Atitudes simples como estas contribuem para a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. No caso do consumo de carne, a explicação é simples: os gases emitidos pelos excrementos do gado, somados ao desmatamento para formar pasto, correspondem a 18% das emissões de gases-estufa no mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Uma maneira de equilibrar todas essas emissões é a chamada Neutralização de Carbono, prática que começou nas empresas e chega agora ao cidadão comum. É uma espécie de compensação à natureza, equivalente ao prejuízo causado, normalmente feita com o plantio de mudas de árvores .
Como nem todos dispõem de tempo e conhecimento para calcular as próprias emissões e fazer o plantio das mudas, algumas ONGs estão auxiliando o cidadão, como a Iniciativa Verde (TGI, sigla do inglês The Green Initiative). No site há uma calculadora que faz a estimativa de emissão de carbono anual de cada indivíduo. “A partir daí, se a pessoa desejar, pode doar o valor das mudas e nós faremos o plantio”, conta Francisco Maciel, diretor da ONG no Brasil. O doador recebe um certificado de neutralização individual e pode acompanhar pelo site a evolução do processo.
Outra ONG que faz trabalho semelhante é a Fundação SOS Mata Atlântica. Apesar de pessoas físicas não serem o principal foco da entidade, no site é possível estimar as emissões individuais respondendo a três perguntas simples. “Não colocamos mais questões para não acabar assustando o cidadão”, explica Adauto Basilio, diretor Fundação SOS Mata Atlântica.
Se desejar, a pessoa tem a opção de emitir o boleto pelo próprio site. A Fundação realiza a neutralização de pessoas com uma quantia mínima de três árvores (R$ 30). O site disponibiliza fotos do plantio das mudas. “O mínimo que podemos fazer é plantar algumas árvores, mas o mais importante é ter consciência do impacto que causamos, economizando energia e mudando nossos hábitos de consumo”, finaliza Basilio.
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Jornal da Tarde
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