> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Grupo explica ação do LSD no cérebro de mamíferos


Publicado pelo site Folha Online 01/02/2007

Os rituais xâmanicos e as experiências psicodélicas que têm como base "viagens" causadas por drogas psicotrópicas perderam hoje um pouco do mistério que os envolvia.

Um grupo de neurocientistas liderados por pesquisadores do Departamento de Neurologia da Escola de Medicina de Monte Sinai, nos EUA, descobriu o mecanismo neural por trás dos efeitos de substâncias alucinógenas como o LSD, a mescalina e a psilocibina. A pesquisa foi publicada no periódico científico "Neuron" (www.neuron.org).

"Ainda é muito cedo para respondermos a questões como quais serão os benefícios práticos da descoberta, mas o importante é que ela revela a "assinatura" de substâncias alucinógenas no cérebro", disse o neurocientista Stuart Sealfon, um dos autor da pesquisa.

Os neurocientistas já sabiam que alucinógenos ativam fechaduras químicas específicas (receptores) do cérebro, conhecidas como 5-HT2A, acionadas pela chave molecular (neurotransmissor) serotonina. Mas o grande mistério sobre o efeito dos alucinógenos estava ligado ao fato de que outros componentes que afetam os mesmos receptores não causam alucinações.

Drogas como o Prozac, por exemplo, atuam modulando justamente a serotonina no cérebro, já que esse neurotransmissor está envolvido, por exemplo, na sensação de bem-estar.

O que os cientistas descobriram foi que os receptores 5-HT2A de uma parte específica dos mamíferos, o córtex cerebral, respondem aos alucinógenos. As análises revelaram que o LSD produziu respostas no córtex bastante diferentes daquelas induzidas por componentes não-alucinógenos.

Os cientistas investigaram também a centralidade da 5-HT2A no procedimento, criando camundongos sem esses receptores no córtex. Descobriu-se que os animais sem eles não responderam aos efeitos alucinógenos do LSD.

Para o neurocientista Luiz Eugenio Mello, da Unifesp, a estratégia usada pelos pesquisadores estrangeiros é válida. "Ela permite não apenas estudar o fenômeno, mas também definir possíveis tratamentos para as várias situações onde as alucinações viram parte de uma doença, como ocorre na esquizofrenia."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15946.shtml

Folha Online

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader