Escola pública de SP vai receber laptops |
|
|
Publicado pelo site do Jornal da Tarde 02/02/2007 |
Além de lápis, borracha, caneta e caderno, os alunos de uma escola pública da Capital - cujo nome ainda não foi divulgado - terão mais um item para colocar sob suas carteiras: um laptop novinho em folha.
Essa iniciativa é fruto do projeto “Um computador por aluno”, que, a partir de março, será implementado inicialmente em duas escolas públicas brasileiras, uma em Porto Alegre e outra na Capital, por meio de parceria firmada entre o Ministério da Educação (MEC) e a organização OLPC (sigla em inglês para One Laptop per Child, que significa um computador por criança), formada por cientistas ligados ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos EUA.
As escolas participantes do projeto receberão laptops que foram desenvolvidos exclusivamente para o uso pedagógico, o que vai possibilitar que cada aluno tenha acesso a um computador em aula. Este modelo é de baixo custo - US$ 100,00 - e só estará disponível no mercado para os governos que queiram implantar um projeto pedagógico com essa tecnologia.
Segundo Roseli de Deus Lopes - coordenadora do Núcleo de Aprendizagem, Trabalho e Entretenimento do Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pela aplicação do projeto em São Paulo -, a escola da Capital que for escolhida para participar da primeira fase do projeto receberá 400 máquinas do modelo XO (além deste modelo que será utilizado na Capital, o projeto também contará com outros dois tipos de laptop: o Classmate da Intel e o Mobilis da Encore.)
No entanto, como o número de laptops não será suficiente para atender a todos os estudantes de uma escola da Capital, pois estas geralmente contam com mais de mil alunos, a especialista explica que, juntamente com a equipe pedagógica da unidade escolhida, poderá ser realizado um esquema de revezamento de turnos para que todos os professores e alunos tenham o acesso garantido. “Mostraremos à equipe pedagógica algumas experiências de aplicação dessa proposta, mas eles que definirão como a tecnologia será inserida em seus projetos pedagógicos”, explica.
Roseli destaca que os professores terão de avaliar quais projetos já desenvolvem que podem ser aprimorados por meio do acesso à internet ou quais são os projetos que já tiveram interesse de colocar em prática, mas não puderam anterioromente por não dispor dessa tecnologia.
São Paulo
A Capital foi escolhida para a realização da fase inicial do projeto, pois suas escolas, por contarem com grande número de alunos, representam um desafio maior para a realização de uma iniciativa como essa. “Será interessante avaliar a introdução de um projeto como esse em uma escola de São Paulo, pois teremos de lidar com as questões de segurança, gestão e diálogo com a comunidade de uma escola localizada em uma cidade tão grande”
Essa escolha está sendo baseada em uma sondagem realizada pela equipe de Roseli, que desde o final de 2005 tem avaliado as unidades escolares que têm interesse em inserir a tecnologia em seus projetos pedagógicos, de participar de uma experiência como essa, entre outros aspectos.
Já foram realizadas duas oficinas na Capital com professores e crianças de diferentes perfis socioeconômicos, que testaram o equipamento. “A resposta dos participantes das oficinas foi positiva, só serão necessários alguns ajustes técnicos.”
Brasil
De acordo com Spartaco Madureira, diretor do Departamento de Infra-estrutura Tecnológica em Educação a Distância do MEC, o projeto “Um Computador por Aluno” será realizado em uma escola de cada uma das 10 regiões geopolíticas do País, a começar pelas regiões Sul e Sudeste. “As máquinas estão sendo doadas por fabricantes ao MEC para que possam ser testadas nessas escolas com o intuito de avaliar os resultados pedagógicos do acesso de todos os alunos ao laptop.”
http://txt.jt.com.br/editorias/2007/02/02/opi-1.94.8.20070202.5.1.xml
Jornal da Tarde
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|