Publicado pelo site O Estado de São Paulo 12/02/2007

Investir no desenvolvimento da educação e nos direitos da criança e do adolescente pode ser um bom negócio. O lucro não é imediato, mas credencia o município a conseguir crédito facilitado em instituições públicas e pode atrair a atenção de empresas interessadas em investir em cidades com mão-de-obra qualificada.

Quem garante é uma das coordenadoras do programa Selo Unicef, no Ceará, Tati Andrade. “Há muita visibilidade dos municípios certificados”, diz. “Algumas instituições têm dado prioridade aos municípios certificados para a destinação de recursos.”

Selo Unicef é uma certificação dada no Brasil aos municípios de 11 Estados (AL, BA, ES, MA, MG, PB, PE, PI, RN e SE). As cidades premiadas são aquelas que conseguem seguir uma série de projetos propostos pelo Unicef, como diminuir o índice de analfabetismo, a evasão escolar e a mortalidade infantil.

No ano passado, Pacatuba foi uma das cidades que conquistaram o direito de utilizar o selo pelos próximos dois anos. “O selo é um incentivo que pode integrar os diferentes setores do município com a comunidade”, diz Tati.

A certificação é dada a cada dois anos. No período entre as premiações, os municípios são acompanhados por representantes e consultores do Unicef que conferem a evolução dos programas.

O chileno Patrício Fuentes foi o idealizador do Selo Unicef, em 1995, e responsável por sua implantação em 1999. Ele diz que é raro encontrar hoje um município dessas regiões que não se inscreva no programa. “Pelo menos no Ceará é difícil que um prefeito diga que não quer participar”, afirma. “O que dá sustentabilidade a esse projeto é a mobilização da sociedade.”

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O Estado de São Paulo

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