> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa tarde
Quarta-Feira , 15 de Maio de 2024
>> Notícias
   
 
A tragédia anunciada da educação


Publicado pelo site do Jornal da Tarde 12/02/2007

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), mostram a trágica situação da instrução elementar no Brasil, do primário até o vestibular. Não há novidade alguma, mas apenas a demonstração estatística do que empiricamente qualquer brasileiro razoavelmente informado está cansado de saber: são muitos os alunos que saem do ensino básico incapazes de somar, diminuir, multiplicar e dividir. Muitos estudantes conseguem decifrar as palavras formadas pelos conjuntos das letras, mas muitos nada entendem do que lêem, sendo ainda, é claro, incapazes de redigir textos simples.
Mais da metade (quase 45%) dos alunos de ensino médio está com a escolaridade atrasada. As escolas pouco ensinam e os alunos, que também não têm por que se esforçar para aprender algo, terminam o ciclo médio com conhecimentos que deveriam ter adquirido antes mesmo de entrar nele. Os índices de repetência e evasão são dramáticos, mesmo se comparados com os de dez anos atrás, que já não eram grande coisa. As autoridades costumam maldizer a rede particular de escolas, mas esta se saiu melhor que a pública. Os resultados finais são implacáveis com erros, como o cometido por Mário Covas e repetido por seus sucessores, Geraldo Alckmin e Cláudio Lembo, que mantiveram o fim da reprovação no fim do ano letivo: São Paulo foi o segundo Estado que mais piorou em português e o terceiro que mais piorou em matemática.

Diante desta tragédia anunciada, o ministro da Educação, Fernando Haddad, resolveu anunciar um PAC da educação. O simples uso da sigla do programa de marketing da moda do governo federal já bastaria para se ter parca esperança de seus eventuais resultados. O que o governo tem de fazer é, porém, mais simples que qualquer campanha publicitária: investir maciçamente em ensino fundamental, base para o aprendizado escolar, e em educação profissionalizante. Não vai ser com marketing que essa trágica realidade será modificada. Antes de vender qualquer produto é preciso produzi-lo: se não quiser continuar perdendo todas as paradas na competição internacional, o Brasil terá de pagar melhor aos professores e aumentar bastante o tempo dos alunos na escola.

http://txt.jt.com.br/editorias/2007/02/12/opi-1.94.8.20070212.1.1.xml

Jornal da Tarde

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader