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A Escola da Família e as prioridades em sala


Publicado pelo site do Jornal da Tarde 14/02/2007

A partir deste ano, algumas crianças que aprendem as primeiras letras e os primeiros números nas escolas públicas do Estado começarão a ganhar um benefício essencial no aprendizado: um auxiliar pedagógico, atuando como segundo professor na sala de aula da primeira série fundamental. O segundo professor é uma realidade nas boas escolas privadas. Ao lado do titular, está a postos para resolver dúvidas e apurar dificuldades, cumprindo um papel essencial na formação básica.

Essa mudança na sala de aula também ilustra uma discussão relevante da vida pública em geral e da Educação em particular - como apontar prioridades e destinar verbas. A experiência universal ensina que o cuidado que uma administração dispensa a seus gastos é um dos melhores termômetros para se avaliar seu desempenho real.

Este debate se tornou particularmente atual em razão da polêmica criada pela decisão de diminuir na média em 55% o número de escolas atendidas pelo programa Escola da Família, que foi desativado em 2.882 estabelecimentos e mantido em 2.334. O programa consiste no seguinte: nos fins de semana, as escolas estaduais ficam abertas aos estudantes, suas famílias e comunidade em geral. Estudantes de faculdades privadas recebem uma bolsa de estudos e trabalham como monitores naquelas escolas. Além disso, são contratados monitores que desenvolvem atividades artísticas e esportivas. Por último, os funcionários das escolas que participam do trabalho de fim de semana recebem um adicional. O programa foi estendido a todos os estabelecimentos escolares do Estado, e custou, no ano passado, R$ 216 milhões.

Uma pesquisa feita pelo Estado - que a secretaria mantém à disposição dos interessados - mostra a seguinte situação: num total de 5.216 escolas que abrigavam o programa, em mais da metade vivia-se uma situação que não justificava as despesas feitas.

O levantamento mostrou que havia baixíssima freqüência em várias unidades; que certas escolas eram geograficamente bem próximas de outras, não se justificando a duplicação de esforços e gastos; que não havia um controle adequado de freqüência, dedicação e produtividade das atividades do programa. Além disso, faltava e continua faltando foco para o trabalho, metas e avaliação de resultados. A pesquisa também apurou que boa parte das escolas se encontrava em regiões que jamais poderiam ser consideradas carentes ou, para usar um termo apropriado, “socialmente vulneráveis”.

O aspecto essencial é que na grande maioria das escolas onde o programa foi desativado o número real de pessoas interessadas atingia patamares absurdamente baixos, com números imprecisos e superestimados.

O controle de presença não era confiável. Não se contabilizava a presença de cada indivíduo no local, mas sim produzia-se registros de “participações”, nome dado à soma de atividades de uma mesma pessoa, num mesmo dia, o que produzia distorções notáveis - sempre para cima. Assim, um indivíduo que passou uma manhã numa Escola da Família, onde jogou futebol por 5 minutos, viu um curta-metragem de meia hora e depois disputou 1 set de vôlei, acabou registrado como sendo “3 participações”. Se, pouco antes da saída, ainda entrou num curso de artesanato e numa aula de teatro, acabou promovido a “5 participações”. Se fizer isso todos os fins de semana de um mês, acabará registrando 40 “participações” mensais. Nesse ritmo, com um público de 25 pessoas é possível gerar 1.000 “participações” por mês, número que nem de longe justifica seu investimento.

O custo de R$ 216 milhões do Escola da Família - agora reduzido à metade - constitui um aspecto importante nessa discussão.

Para se ter uma idéia, a soma de 17 ações que o Estado vai realizar em 2007 para promover melhorias urgentes na rede pública custará R$ 207 milhões. Nesse conjunto de investimentos se encontram a montagem de 202 brinquedotecas e 3.584 experimentotecas, 20.174 computadores, 140 mil conjuntos de carteiras e cadeiras, 50 ônibus e outras melhorias.

No dia em que alcançar o Estado inteiro, o programa do Segundo Professor, uma novidade estratégica no esforço pa

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Jornal da Tarde

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