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Publicado pelo site do Jornal da Tarde 15/02/2007 |
O Rio Pinheiros, coitado, tão poluído e cheio de lixo, tinha até pouco tempo atrás margens que refletiam bem a sua degradação: nelas não se viam, em toda a sua extensão, mais do que umas poucas árvores esparsas, quase nenhuma vegetação além de capim abandonado.
Mas quem passa hoje na Marginal do Pinheiros vê que alguma coisa mudou: um projeto paisagístico vem sendo implantado, com árvores e arbustos desde Santo Amaro até o Jaguaré, uma longa linha de vegetação harmoniosa, principalmente na margem esquerda, onde há menos restrições. Essas árvores e arbustos não apenas tornam mais agradável passar na Marginal: também mostram que mesmo situações urbanísticas ou ambientais críticas podem ser revertidas.
É um caso exemplar daquilo que pode ser feito por quem tem uma idéia na cabeça e os instrumentos certos na mão numa cidade com tantas situações adversas.
A idéia na cabeça é sempre a mesma: dá para melhorar a Cidade. O instrumento certo é a possibilidade de articulação de que o poder público dispõe. No caso do paisagismo da Marginal, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado formatou um programa, coordenou parceiros da sociedade civil (inclusive este jornal) e implantou um projeto que era uma antiga aspiração de todos os que amam a Cidade e não se conformam com o que ela se tornou.
Agora é ampliar - novos parceiros se candidatam? - e replicar a experiência, incluindo outros objetivos, quem sabe até as águas do rio. Talvez o contraste entre as margens recuperadas e as águas ainda poluídas não motive agentes e opinião pública para ações que resultem em soluções mais rápidas para limpá-las.
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Jornal da Tarde
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