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USP testa plástico feito de mandioca


Publicado pelo Site do Jornal da Tarde 26/02/2007

USP testa plástico feito de mandioca
Pesquisadora da Poli descobriu que é possível fazer embalagens plásticas biodegradáveis, comestíveis e com propriedades antibacterianas

LUANDA NERA, luanda.nera@grupoestado.com.br

Uma pesquisa em fase de testes no laboratório de Engenharia de Alimentos da Escola Politécnica da USP poderá revolucionar o mercado de embalagens plásticas e, o mais importante, contribuir significativamente para a preservação do Planeta.

A pesquisadora Cynthia Ditchfield, que defende tese de pós-doutorado, criou um plástico biodegradável, comestível e com propriedades bacterianas à base de amido de mandioca e açúcares. Se comercializado em larga escala, será um passo importante para reduzir o lançamento de material plástico no meio ambiente.

“O impacto ambiental é nossa grande preocupação. Além de ser biodegradável, o plástico que produzimos tem matéria-prima acessível, já que o Brasil é o segundo maior produtor do mundo de mandioca”, justifica a engenheira química da USP.

Segundo ela, a idéia original é que a invenção seja utilizada para embalar alimentos. Isso porque, além de reduzir o lixo, o plástico biodegradável poderá diminuir a quantidade de conservantes sintéticos nos produtos. “O sistema permite que adicionemos elementos antimicrobianos naturais, como cravo, pimenta e canela”, explica Cynthia Ditchfield.

Outra propriedade do novo plástico é a facilidade em “denunciar” quando o alimento está se deteriorando. A pesquisadora explica: “Criamos um indicador de qualidade, com substâncias naturais de cor roxa, como beterraba. Se houver qualquer alteração no PH do produto, a embalagem muda de cor. É uma segurança para o consumidor, é mais um elemento para atestar a qualidade dos alimentos, além da data de validade.”

O plástico biodegradável e comestível está em fase de testes no laboratório da USP. Mas a pesquisadora adianta que há empresas interessadas na comercialização das embalagens. “Por enquanto, a produção é feita de maneira artesanal, somente para testes. As indústrias terão que adaptar o sistema para a produção em grandes quantidades. Isso é perfeitamente viável”, explica a engenheira.

As perspectivas são boas, tanto para o mercado quanto para o meio ambiente. A pesquisa chama a atenção da indústria especialmente por usar produtos de baixo custo e todos os ingredientes usados na fabricação - a mandioca, a sacarose e os compostos antimicrobianos - são produzidos no Brasil. “Queremos valorizar nossos produtos, aproveitar a riqueza da matéria-prima brasileira”, finaliza.

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Jornal da Tarde

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