Publicado pelo Site do Jornal O Estado de São Paulo em 28/02/2007

Diferencial ajuda na hora do vestibular

BARTIRA BETINI, bartira.betini@grupoestado.com.br

O estudante Bruno Firmino da Silva, de 17 anos, já estava inscrito num cursinho pré-vestibular da Capital quando recebeu a boa notícia: foi um dos aprovados na segunda chamada da Unicamp para o curso de engenharia química. Ele pegou a 91ª colocação e achou que estava longe das 60 vagas oferecidas. “Foi uma grande surpresa. Sempre estudei em escola pública e achei que fosse precisar de cursinho.”

Ele é um dos 1.131 estudantes que se formaram no final de 2006 na unidade sede do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (Cefet-SP).

O Ensino Médio diferenciado do centro federal garante que a maioria dos alunos consiga uma vaga nas universidades públicas. “Só este ano, 70% dos nossos alunos passaram na Fuvest, sem contar Unicamp e Unesp. Para nós, é o retrato do nosso modo de ensinar”, afirma Carlos Frajura, diretor de ensino do Cefet-SP.

No último ano do Ensino Médio, os alunos contam com as disciplinas comuns da grade curricular brasileira - o que muda é o modo de aplicá-las.

Na hora de ensinar redação, por exemplo, a classe de 40 alunos é dividida em duas. “Dessa forma, é possível acompanhar mais de perto o aluno e qualquer dificuldade na elaboração do texto”, explica Nanci Romero, professor de português. Bruno assina embaixo ao comentar o método. “ O meu bom desempenho em redação garantiu minha aprovação na Unicamp. E com as aulas aprendi a gostar ainda mais de escrever”, conta o futuro engenheiro químico.

CEFET EM NÚMEROS

70%
dos alunos do Cefet-SP foram aprovados no vestibular da Fuvest 2007

5.200
Estudantes cursam hoje o Ensino Médio em uma das seis unidades no Estado de São Paulo

15 mil
Pessoas prestam anualmente o vestibulinho para conseguir uma vaga

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