Perda florestal cai para 7,3 mi de hect./ano |
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Publicado no Portal Terra em 13/03/2007 |
Ambiente
Terça, 13 de março de 2007, 09h58 Atualizada às 10h59
Perda florestal cai para 7,3 mi de hectares/ano
O mundo reduziu para 7,3 milhões de hectares a perda anual líquida de superfície florestal, embora os indícios de que a mudança climática a afetará profundamente sejam cada vez mais claros, segundo o relatório "Situação das Florestas no Mundo", publicado hoje pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Um pouco menos de 4 bilhões de hectares de florestas cobrem 30% da Terra e, enquanto o desmatamento segue aumentando a "uma taxa alarmante", as plantações de florestas e sua expansão natural "reduziram consideravelmente a perda líquida de superfície florestal".
O relatório aponta que a perda de superfície florestal total foi de 3% entre 1990 e 2005 (uma média de 0,22% ao ano), enquanto "diminuiu ligeiramente" de 2000 a 2005 (0,18%), "o que constitui um progresso", embora signifique o desaparecimento de 20 mil hectares por dia.
Entre os dez países que reúnem 80% das florestas primárias, Brasil, Indonésia, México e Papua Nova Guiné sofreram as maiores perdas entre 2000 e 2005. A América Latina e o Caribe são, junto com a África, as duas regiões que perdem florestas a um ritmo mais elevado, com uma taxa anual média líquida de 0,51% (2000-2005), embora registrem "consideráveis" esforços.
O relatório, apresentado na abertura da 18ª sessão do Comitê Florestal da FAO, examina os progressos "muito desiguais" rumo a uma ordenação florestal sustentável. Os países desenvolvidos de clima temperado fizeram "consideráveis progressos", com a superfície florestal se mantendo ou crescendo.
Mas as regiões de economias em desenvolvimento e clima tropical seguem perdendo florestas, embora "sejam observadas tendências positivas". O relatório alerta que "há indícios cada vez mais claros de que a mudança climática afetará profundamente as florestas", da mesma forma que aumentarão os danos provocados por incêndios, pragas e doenças.
As florestas podem contribuir "de maneira importante" para atenuar a mudança climática, mas o mundo enfrenta "obstáculos políticos e burocráticos que limitam a utilização do Protocolo de Kyoto como instrumento para ajudar a deter o desmatamento tropical", diz a FAO.
O documento também adverte sobre a desertificação, "um dos processos mundiais mais alarmantes de degradação ambiental", que afeta mais de um terço da superfície terrestre e 1 bilhão de pessoas, "com conseqüências potencialmente devastadoras" para os meios de subsistência e segurança alimentar.
A África Subsaariana é a região "com o índice de desertificação mais elevado do mundo", fenômeno que afeta, entre outros lugares, um quarto da América Latina e Caribe e um quinto da Espanha. Calcula-se que, até 2020, cerca de 135 milhões de pessoas corram o risco de ter de abandonar suas terras devido à contínua desertificação, 60 milhões delas na África Subsaariana.
Quanto à superfície florestal total, o relatório mostra que a África perdeu 9% entre 1990 e 2005, mas "nem todo o panorama é sombrio", pois foram firmados compromissos políticos para destinar mais de 3,5 milhões de hectares para a conservação da diversidade biológica sob a administração da FAO.
Na Europa, com exceção da Rússia, a superfície florestal em 2005 abrangia 193 milhões de hectares, o que representa um aumento de quase 7% desde 1990.
O aumento líquido médio anual (2000-2005) do terreno florestal foi de 0,07%, resultado devido em grande parte aos "incrementos substanciais registrados" em vários países, liderados por Espanha, com um aumento médio de 296 mil hectares anuais, e Itália, 106 mil hectares.
Alguns fatores, no entanto, causam preocupação na Europa, como a diminuição do emprego no setor florestal e sua contribuição à economia. A Rússia informou uma perda líquida de superfície florestal (2000-2005) equivalente a uma redução média de 96 mil hectares anuais (0,01% do total).
A superfície florestal líquida aumentou na Ásia e no Pacífico (0,09%), "invertendo a tendência des
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1469184-EI299,00.html
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