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Entender, o 1º passo para gostar


Publicado pelo Site do Jornal da Tarde 22/03/2007

Entender, o 1º passo para gostar
Como professores ensinam e fazem alunos aprenderem a gostar de determinadas disciplinas

BARTIRA BETINI, bartira.betini@grupoestado.com.br

“Tia, eu não gosto de matemática”, “Professora, eu não entendo química.” Tanto no Ensino Fundamental como no Médio, os alunos tendem a gostar mais ou menos de determinadas disciplinas e afirmações como essas são comuns de serem ouvidas pelos professores.

A educadora Cláudia Baratella classifica o “não gostar” por três prismas diferentes: o papel dos pais em casa, o papel do próprio aluno e o papel do professor na escola para que a conquista do sucesso realmente ocorra.

“Cada um tem uma função para incentivar a criança ou o adolescente a gostar de estudar ou pelo menos para que veja que estudar é necessário. Costumo dizer que nosso desejo (de pais e de educadores) é o mesmo: fazer de nosso aluno um adulto feliz e bem-sucedido. Para que isso ocorra, devemos trabalhar com a criança, desde a mais tenra idade, para que ela seja curiosa em explorar o mundo em que vive e que conviva com ele da maneira mais proveitosa”, afirma Cláudia, que também é vice-diretora do Colégio Renovação, no Jardim da Saúde, Zona Sul de São Paulo.

Química

O aluno Francisco de Oliveira Boeche, de 16 anos, não gostava de química. “Eu não ia bem, mesmo assistindo aos plantões de dúvidas. Comecei a me interessar quando a escola implantou o sistema de aulas extras em que os alunos que sabiam a disciplina explicavam para a gente. Foi ótimo, porque para um colega de classe eu não tinha vergonha de perguntar mais de uma vez sobre a mesma dúvida. Eu não ficava constrangido.” Francisco passou por essa experiência ano passado e hoje, no 3º ano do Ensino Médio, é ele quem ensina os colegas de classe que não entendem a matéria. “Eu só comecei a gostar de química quando entendi a matéria, por isso acho que quando você não compreende, automaticamente não gosta.”

Ariovaldo Camargo dá aula de matemática na rede pública há 18 anos. No início do ano letivo, é comum ele ouvir, de pelo menos metade da classe, dizer que não gosta de matemática. “Não gostar de matemática virou um tabu e o professor precisa quebrá-lo. É quase cultural as pessoas dizerem que matemática é difícil e é esse o primeiro fantasma que precisa ser eliminado pelo professor, logo no início do Ensino Fundamental.”

Um dos métodos adotados por Ariovaldo, e que ele garante que dá certo, é levar a disciplina para o cotidiano do aluno. “É preciso mostrar que ela vai usar o que está aprendendo para solucionar os problemas do seu dia-a-dia. Por exemplo, a soma é utilizada pelas crianças ou adolescentes nas suas relações.”

O professor explica que quando o aluno percebe que ele aprende aquela determinada lição não apenas para passar de ano ou no vestibular, seu desempenho é melhor. “Ele precisa entender para que serve o que estamos ensinando e precisa ser estimulado a não ter medo de determinados conteúdos.”

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Jornal da Tarde

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