Publicado no Site do Jornal da Tarde em 12/04/07

Consciência ambiental é saúde
Em SP, secretarias municipais se unem para capacitar agentes de saúde a atuar na preservação do meio ambiente

SAULO LUZ, saulo.luz@grupoestado.com.br

A Organização das Nações Unidas estima que entre 25% e 33% dos problemas de saúde da população mundial são conseqüência de questões ambientais de origem global, regional ou local. Pensando nessa realidade, estão sendo preparados em São Paulo mais de seis mil agentes comunitários de saúde e 160 de proteção social para atuar na preservação do meio ambiente e na promoção da saúde. Trata-se do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis. 'De março a julho, os agentes vão aprender, discutir e refletir sobre temas estratégicos para a saúde da população, como lixo, água, energia e zoonoses', explica Rosa Marrota, assessora técnica da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde.

O projeto é uma iniciativa das Secretarias Municipais do Verde e do Meio Ambiente, da Saúde e de Assistência e Desenvolvimento Social, com o apoio do Ministério da Saúde e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Além disso, diversas instituições internacionais, organizações não-governamentais e universidades estão participando e apoiando os diversos cursos de capacitação espalhados pela Cidade. Um exemplo é o Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein, que coordena um curso ministrado por cinco educadores que capacitarão 428 agentes atuantes na região do Campo Limpo, Zona Sul.

Sabão de óleo

A agente da saúde Valdirene da Paixão Souza, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Mitsutami, no Campo Limpo, está participando desse curso e diz estar adorando. 'Como agente, eu já conhecia os efeitos do meio ambiente na saúde, mas o curso vem para aprofundar o meu conhecimento', diz ela, que já tenta despertar a comunidade onde atua ensinando as pessoas a fazer sabão com o próprio óleo de cozinha usado.

Na opinião do secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, o programa reúne dois aspectos importantes. 'O primeiro é o compartilhamento do conhecimento dos participantes. O segundo é o efeito multiplicador desses agentes, que vão sair e influenciar as pessoas com esse novo olhar sobre saúde e meio ambiente', afirma.

http://txt.jt.com.br/editorias/2007/04/12/opi-1.94.8.20070412.14.1.xml

Jornal da Tarde

Para mais informações clique em AJUDA no menu.