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Cinemas restringem carteirinhas


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 20/04/07

Cinemas restringem carteirinhas
Documento que não for emitido por instituição de ensino, UNE ou Ubes precisa ser mostrado com comprovante

Humberto Maia Junior

Paulo (nome fictício), de 23 anos, se formou em Direito em dezembro do ano passado no interior de São Paulo. Nem por isso deixou de pagar meia entrada no cinema. Ele conseguiu uma carteira de estudante da Associação Brasileira dos Estudantes Contra as Drogas (Abecad), entidade que distribui o documento para qualquer pessoa - estudante ou não - que envie R$ 30,00 para se inscrever num “curso” antidrogas. “Apenas mandei uma redação explicando por que eu sou contra as drogas”, diz.

Para combater casos como esse, os cinemas ligados à Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec) pedem, desde o último fim de semana, comprovante de matrícula ou recibo de pagamento de uma escola ou universidade a quem apresentar carteira estudantil que não seja a da instituição ou agremiação filiada à União Nacional dos Estudantes (UNE) ou à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Para quem tem documento da própria instituição com foto e validade, não há restrições.

“Hoje, qualquer entidade pode emitir carteirinha sem controle”, diz o vice-presidente da Feneec, Luiz Gonzaga de Luca. “Qualquer grupo de 10 estudantes se reúne, cria uma união representativa e distribui carteirinhas.”

No site da Abecad, é dado maior destaque à venda da carteirinha do que aos cursos antidrogas. O presidente, Carlos de Oliveira Costa explicou o motivo: “Se eu disser a você: venha fazer parte de um grupo antidrogas, você não vai aceitar e vai responder: ‘eu não sou usuário’. A carteirinha é incentivo.”

De Luca, da Feneec, diz que, no Rio e em São Paulo, entre 65% e 70% dos ingressos são comprados com algum documento estudantil. “Estimamos que até 40% dessas compras tenham sido feitas por quem não é estudante.”

Um reflexo dessa prática é o aumento no preço dos ingressos, que pode chegar a R$ 18,00. “A classe média é quem sai prejudicada.” De Luca afirmou que 73% dos pagantes têm entre 12 e 29 anos e 71% vêm das classes A e B.

O fenômeno é resultado de Medida Provisória de 2001 do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que permitiu a qualquer entidade se associar a algum estabelecimento de ensino, associação ou grêmio estudantil e emitir a carteira.

http://www.estado.com.br/editorias/2007/04/20/cid-1.93.3.20070420.19.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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