Ferramenta contra o aquecimento global |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 24/04/07 |
Ferramenta contra o aquecimento global
Sistema que ajuda empresas a calcular emissão de gases chega ao Brasil
LUANDA NERA, luanda.nera@grupoestado.com.br
Depois das diretrizes para elaboração dos relatórios de sustentabilidade - como as da Global Reporting Initiative (GRI) e do Instituto Ethos -, as empresas brasileiras já contam com uma nova ferramenta de gestão. Trata-se do Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GHG Protocol), que é utilizado por mais de 900 companhias e governos em todo o mundo para identificar e gerenciar as emissões de gases que intensificam o aquecimento global.
Desenvolvido pelo World Resources Institute (WRI) em 1998, o protocolo está sendo trazido ao Brasil pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A ferramenta permite às empresas fazerem um inventário da emissão de gases poluentes em seus processos e produtos. O assunto foi discutido ontem, durante seminário realizado em São Paulo.
O Brasil, um dos protagonistas do movimento de Responsabilidade Social Empresarial e o 4º colocado no ranking mundial dos países campeões em emissão de gás carbônico, tem papel fundamental na disseminação de conhecimento. Na opinião de Marina Grossi, coordenadora da câmara técnica de mudanças climáticas e energia do Cebds, o desconhecimento ainda é grande, mas o interesse é crescente: 'As empresas querem saber como fazer, como as outras estão fazendo. A ferramenta já existe, nosso papel agora será o de disseminá-la. Eu acredito que o processo vai ser rápido, uma vez que a disposição dos empresários brasileiros é animadora.' Grossi explica ainda que o GHG Protocol pode ser utilizado tanto nas corporações como um todo quanto em projetos específicos.
Adaptação
Rachel Biderman, coordenadora do Programa de Sustentabilidade Global da FGV, completa dizendo que a ferramenta está sendo adaptada para 16 setores da economia, respeitando as diferentes naturezas das empresas. 'Há exemplos ricos de companhias brasileiras que já utilizam o protocolo para quantificar a emissão de gases nocivos ao meio ambiente. Tais empresas já perceberam que, com um inventário completo em mãos, fica muito mais fácil traçar estratégias, estabelecer metas de redução e até ter acesso ao crédito no mercado financeiro. É uma tendência em todo o mundo', conclui Biderman.
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Jornal da Tarde
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