Um pacto em defesa do clima |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 25/04/07 |
Um pacto em defesa do clima
ONGs firmam acordo com empresas no evento
LUANDA NERA, luanda.nera@grupoestado.com.br
A necessidade de quebrar paradigmas, subverter os processos produtivos e acelerar as mudanças que consigam amenizar os impactos do aquecimento global deu o tom à abertura do 2º Congresso Ibero-Americano Sobre Desenvolvimento Sustentável, o Sustentável 2007. O evento, que tem como tema “Mundo Sustentável: visão, papéis, riscos e senso de urgência”, é uma realização do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e o World Business Council for Sustainable Developmtent (WBCSD). Mais de 1.200 pessoas são esperadas para participar das plenárias, painéis e oficinas que serão realizadas até quinta-feira.
“Estamos aqui para unir lideranças, trocar experiências, induzir o processo de desenvolvimento sustentável. As boas experiências não podem ficar isoladas, precisam de escala. As empresas e os governos estão dispostos a engajar-se nessa mudança, mas o senso de urgência ainda não aconteceu”, alerta Fernando Almeida, presidente do Cebds. Lloyd Timberlake, diretor de comunicação do WBCSD, cobrou dos governos mais rigor na fiscalização da atuação das empresas, induzindo mudanças significativas: “A pior coisa que pode acontecer para a economia é quando o poder público se torna ‘amigo’ das empresas. É o que acontece, em muitos casos, nos Estados Unidos.”
A abertura do Sustentável 2007 marcou também o lançamento do Pacto de Ação em Defesa do Clima, liderado pelo Greenpeace e pela WWF-Brasil. As ONGs ganharam o apoio de empresas como Petrobrás, Alcoa e Votorantim na proposta de engajar toda a sociedade brasileira na luta contra o aquecimento global, por meio de ações capazes de difundir exemplos positivos. O pacto também exige uma Política Nacional de Mudança Climática, baseada em dez itens.
“Assim como fizemos em 2002 na África do Sul, estamos agora chamando a sociedade para sentar à mesa com as empresas e discutir medidas para amenizar os efeitos das mudanças climáticas”, justificou Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace no Brasil. Ele lembrou que as experiências das entidades estão à disposição dos governos e das empresas: “Nos comprometemos a oferecer subsídios tanto para o setor público quanto para o privado. E as companhias que apóiam o Pacto vão nos ajudar a difundir essas propostas.”
DETALHES DO ACORDO
Fim do desmatamento
Fomento à energia proveniente de fontes renováveis
Conscientização da sociedade
Identificação das vulnerabilidades do País à mudança climática
Estabelecimento de metas de redução de emissões que as empresas e o País podem adotar
Ampliação da Comissão Interministerial de Mudanças do Clima
Investimento em pesquisas
Priorização das questões sócio-ambientais
Estímulo à disseminação de exemplos positivos
Desenvolvimento de um mercado nacional para energias limpas
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