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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 26/04/07 |
Um exemplo
Em mais uma conquista que consolida sua posição como um dos grandes centros de excelência na área médica, o Instituto Butantan tornará o Brasil auto-suficiente em vacinas contra a gripe, com a inauguração, hoje, de uma fábrica que produzirá os 20 milhões de doses que o País consome anualmente e custam aos cofres públicos R$ 100 milhões. A fábrica, construída com recursos do governo do Estado e do Ministério da Saúde - custou R$ 70 milhões -, será a primeira desse tipo na América Latina e a segunda no Hemisfério Sul.
Tudo começou em 1999, quando foi realizada a primeira campanha nacional de vacinação de idosos contra a gripe. O governo brasileiro firmou então acordo com o laboratório francês Sanofi Pasteur, pelo qual este teria exclusividade no fornecimento da vacina ao País por alguns anos e, em troca, repassaria a tecnologia para que o Butantan tivesse condições de produzi-la sozinho. Para o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, a nova fábrica, que é a conclusão desse processo, constitui um marco na saúde pública brasileira.
Ela vem enriquecer uma longa história de conquistas importantes. Criado em 1889 para produzir soro antipestoso e proteger a população contra a peste bubônica que se propagava a partir do Porto de Santos, o Butantan é responsável hoje por 82% da fabricação brasileira de vacinas. Além da vacina da gripe, há planos para lançar outras 12, até 2010, entre as quais uma contra a dengue e outra contra o rotavírus, muito mais eficiente que a existente hoje. Estão avançados os estudos para a produção da vacina brasileira contra a gripe aviária e da primeira vacina contra o verme causador do amarelão. O instituto desenvolveu também, a partir do veneno da cascavel, um analgésico 600 vezes mais forte que a morfina e com a vantagem de não causar dependência.
Seu desempenho em pesquisa e tecnologia, assim como as parcerias com entidades estrangeiras de grande renome, garante para o Butantan uma posição de destaque mundial. Ele recebe pesquisadores de vários países e é reconhecido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão como centro de capacitação em produção de imunobiológicos.
Os serviços já prestados e os muitos outros que pode prestar o credenciam a continuar merecendo todo o apoio do poder público.
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Jornal da Tarde
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