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Ressonância magnética e câncer de mama


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo em 27/04/2007

Cresce uso de ressonância magnética para prevenção de câncer de mama
Exame anual é recomendado para mulheres com histórico de casos na família, como complemento à mamografia

Emilio Sant’Anna

As mulheres com maiores riscos de desenvolver câncer de mama - com histórico de casos na família - têm mais um exame de rotina para prevenção. Desde março, a Sociedade Americana de Câncer recomenda a ressonância magnética anual para pacientes com esse perfil. No Brasil, ainda não é regra, mas a indicação nesses casos vem se tornando cada vez mais freqüente.

Pelo menos três vezes por semana, o mastologista Roberto Hegg, do Hospital das Clínicas (HC), pede o exame para pacientes com esse histórico. São mulheres na faixa dos 35 anos que viram suas mães, tias ou irmãs lutarem contra a doença que,em 2006, teve quase 50 mil novos casos no País.

Nessa idade, a mulher ainda tem grande quantidade de tecido mamário, o que dificulta a identificação de tumores pela mamografia. “A ressonância é capaz de identificar as lesões em uma fase inicial, quando ainda não há tumores”, diz Hegg. O exame não utiliza radiação e permite fazer imagens com alta definição. O mastologista ressalta, porém, que o exame não faz o diagnóstico do câncer, mas produz imagens importantes para a detecção da doença. “Sempre que há um histórico familiar, indico o exame”, diz.

De acordo com o oncologista Sérgio Daniel Simon, coordenador do Núcleo de Câncer de Mama do Hospital Albert Einstein, esse histórico pode ser encontrado em cerca de 10% da população feminina. “A ressonância é o melhor exame para mulheres com histórico de risco”, diz.

SEGURANÇA

Após descobrir um caroço fazendo o auto-exame, uma mamografia apontou problema na mama esquerda da auxiliar de serviços gerais Maria de Lourdes Garcia Carneiro Vieira, de 45 anos. Encaminhada ao Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, onde foi atendida pelo serviço filantrópico da instituição, a ressonância magnética identificou com mais clareza a presença do tumor. Há uma semana, Maria passou por mastectomia (cirurgia para retirada da mama) e em seguida por uma cirurgia plástica.

Antes, no entanto, o exame foi repetido mais uma vez, nos dois seios, para confirmar o tamanho e a possibilidade da existência de outro tumor. Mulheres que identificam um câncer em uma das mamas têm maior probabilidade de desenvolver a doença também na outra. “Fiz a ressonância para ter certeza e acabei me sentindo mais segura com isso”, diz Maria.

Segundo o coordenador do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês Alfredo Barros, mais de 2 mil mulheres já passaram pelo exame na instituição. “A grande vantagem da ressonância é que não é um exame radioativo”, diz. “A partir dos 30 anos, a mulher pode fazer anualmente, pois não existe acúmulo de radiação.”

Os especialistas apontam que o exame é mais sensível, mas é também menos específico do que a mamografia. Ou seja, muitas vezes acaba apontando lesões que depois as biópsias revelam não se tratar de tumores malignos.

R$ 1,5 MIL POR EXAME

Apesar de não existir uma indicação formal do exame pela Sociedade Brasileira de Mastologia, o presidente da entidade, Diógenes Baségio, acredita no crescimento da prática nos próximos anos. “O ideal é que se pudesse fazer como rotina, mas o alto custo ainda é um fator limitante”, diz. Um exame de ressonância custa cerca de R$ 1,5 mil, valor acima das possibilidades da maioria da população. “Alguns planos ainda são relutantes em pagar, mas, quando existe a indicação médica com embasamento, eles têm autorizado”, diz.

A. M., de 56 anos, procurou uma clínica particular para fazer o exame. Há cinco anos, passou por um susto com um diagnóstico que mais tarde se mostrou benigno. Dois anos depois começou a fazer a ressonância, coberta por seu plano de saúde, até que a imagem de um tumor foi detectada. Dessa vez, um câncer. “Resolvi fazer pois minha mãe teve o mesmo problema”, comenta. Hoje, a ressonância faz parte da sua rotina de exames anuais. “Sou muito preocupada, mesmo se o plano de saúde não cobrisse, eu pagaria.”

A

http://www.estado.com.br/editorias/2007/04/27/ger-1.93.7.20070427.1.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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