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Combate à pneumonia terá sentinela no País


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo em 03/05/07

Combate à pneumonia terá 'sentinela' no País
OMS recomenda que Brasil inclua vacina em seu calendário anual

Lígia Formenti

O Ministério da Saúde vai montar uma rede de informações para acompanhar como e quanto a pneumonia afeta os brasileiros. Seguindo o exemplo de trabalho de monitoramento feito com a gripe, serão criados “grupos-sentinela” encarregados de diagnosticar quais os causadores mais freqüentes da doença, além de registrar de forma mais precisa as complicações que levam à morte em casos graves de pneumonia.

Entre os Estados que deverão compor a rede está São Paulo. A expectativa é que esses centros passem a funcionar no Estado ainda neste semestre, afirmou ontem a diretora técnica da divisão de doenças transmissíveis e respiratórias do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Telma Carvalhanas. A proposta é que esses novos centros aproveitem a estrutura em funcionamento dos grupos-sentinela de gripe, montados em vários locais do País.

“A partir dos dados, ficará mais fácil estabelecer metas de prevenção e controle da doença”, afirma Telma, que acompanha na cidade do Porto, capital do norte de Portugal, o encontro anual da Sociedade Européia de Doenças Infecciosas Pediátricas. De acordo com a pesquisadora, entre as estratégias de prevenção da doença está a ampliação do uso de uma vacina pneumocócica. Atualmente, o País fornece a crianças que apresentam um perfil considerado de risco a vacina conjugada 7-valente, protegendo contra os sete tipos mais agressivos da bactéria S. pneumoniae, causadora de doenças como meningite e pneumonia. Em São Paulo, a bactéria provoca por ano cerca de 500 casos de meningite. A letalidade fica em torno de 28%, diz Telma.

A professora do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Lúcia Ferro Bricks considera o número bastante expressivo. “Além do significativo número de mortes, a doença traz risco de graves seqüelas, como surdez e retardo mental, principalmente em crianças mais novas.” Pela gravidade da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países em desenvolvimento incluam a vacina contra doenças pneumocócicas no calendário.

Hoje nove países usam a vacina, entre eles Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. “No Brasil, a incorporação da vacina no Programa Nacional de Imunização já chegou a ser cogitada. No entanto, o comitê nacional responsável, formado por especialistas indicados pelo Ministério da Saúde, optou por incluir a vacina que protege contra o rotavírus.

ESTUDOS

No encontro anual da Sociedade Européia de Doenças Infecciosas Pediátricas foram apresentados quatro estudos dedicados à vacina combinada de pneumococo. Um deles demonstrou que a inclusão da vacina nos EUA reduziu em mais de 95% os casos da doença entre crianças com até 2 anos. Levantamentos indicam, no entanto, que apesar da expressiva redução do número de casos da doença entre vacinados, começa a aparecer um outro fenômeno: o aumento do número de casos por um outro sorotipo da bactéria, que não está presente na vacina. O fenômeno, afirmam pesquisadores, não invalida avanços conquistados com a vacina, mas exige acompanhamento preciso para verificar o comportamento que outros sorotipos da bactéria podem ter.

A repórter viajou a convite da Sociedade Européia de
Doenças Infecciosas Pediátricas



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Jornal O Estado de São Paulo

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