Verba em troca de economia de energia e água |
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Publicado no Site da Globo em 03/05/07 |
Escolas de SP ganharão verba em troca de economia de energia e água
Prefeitura lança programa para incentivar economia de luz e água em escolas.
Secretário de Educação pretende renegociar contratos para ter somente papel reciclado.
Daniel Santini
A prefeitura de São Paulo pretende, em uma parceria entre as secretarias de Educação e do Verde e Meio Ambiente, incentivar alunos de escolas municipais a economizar água e energia.
De acordo com o secretário de Educação, Alexandre Alves Schneider, as escolas que conseguirem reduzir os gastos com água e luz receberão o valor da economia em verbas. O controle será feito por meio de ONGs vinculadas ao Estado.
"Pretendemos realizar reformas, mudar torneiras e bombas d'água para economizar", diz Schneider, que promete ainda mais novidades.
"A idéia é que a secretaria passe a atuar de forma mais sustentável. Queremos utilizar só material reciclável. Os contratos de fornecimento de papel para as escolas serão renegociados", completou.
Apesar dos anúncios, Schneider não soube explicar como viabilizar a opção pelo material reciclado, que é mais caro do que o comum. "Somos grandes consumidores e tenho certeza de que encontraremos uma solução. Negociaremos", disse.
Um Rockefeller e o meio ambiente
A parceria entre as duas secretarias foi anunciada na manhã desta quarta-feira (2), durante evento em que o prefeito Gilberto Kassab assinou a "Carta da Terra", um protocolo de intenções de preservação do meio ambiente.
Além da economia de energia, também serão repassados aos alunos das escolas municipais os conceitos do programa assinado, um documento geral que trata de temas que vão de justiça social e distribuição de renda à preservação do planeta, sem, no entanto, estabelecer medidas efetivas.
Um dos mentores do projeto é o filantropo americano Steven C. Rockefeller, cuja família fez fortuna com petróleo e está entre as mais ricas do mundo. Para o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, não há contradição em se associar a um projeto ecológico apoiado por um milionário cuja fortuna vem da exploração do combustível fóssil.
"Deveria haver mais Rockefellers como esse. Não é uma questão de ricos e pobres. Antes considerávamos apenas as variáveis economicas e sociais. Agora existe também a variável ambiental", diz o secretário.
A representante da Secretaria Internacional da Carta da Terra, Mirian Vilela, concorda. "O que fazemos é um convite para ultrapassar essas diferenças", diz. "Não há conflito de interesses", afirma, defendendo a parceria da administração paulistana com projeto de Rockefeller.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL30104-5605,00.html
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