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Educação pode mudar o futuro


Publicado no Site do Jornal da Tarde em 04/05/07

Educação pode mudar o futuro
A importância de ter prioridades e segui-las

BARTIRA BETINI, bartira.betini@grupoestado.com.br

O Brasil tem índice de repetência de 32% na 1ª série. É mais alto do que no Paraguai (14%) e na Indonésia (11%). Nos países desenvolvidos, esse número é de 3%. “Isso significa que na 1ª série do Ensino Fundamental está se condenando um terço da população brasileira ao atraso, à repetência e aos problemas de baixa auto-estima”, [IP8,0,0]afirmou o economista Gustavo Ioschpe em sua palestra “Novos caminhos para um velho desafio: transformar a educação”, durante o 14º Congresso Internacional de Educação, que acontece no ExpoCenter Norte até amanhã.

Além disso, os países desenvolvidos já estão há décadas com 100% de matrícula no ensino básico. “E só agora o Brasil conseguiu 100% no Ensino Fundamental, enquanto no Ensino Médio está em 40%. Abre-se um abismo não só entre o Brasil e os países desenvolvidos, mas também entre outros países subdesenvolvidos.”

Para ele, outras causas contribuíram com o atraso do nosso País. “Vivemos um momento em que o Brasil está perdendo o bonde da história. O mundo em geral, especialmente os países desenvolvidos, está massificando o ensino universitário, e o Brasil continua tendo uma universidade voltada para a elite.”[IP8,0,0] Ioschpe critica o gasto do dinheiro público com educação. “Por exemplo, é gasto com um universitário quatro vezes mais do que com um aluno do Ensino Médio em países subdesenvolvidos. Nas nações desenvolvidas, essa proporção cai para 1,7 por aluno. Já no Brasil, um universitário custa o mesmo que 15 alunos do Ensino Médio anualmente. É desproporcional. Não é que falte dinheiro, na minha opinião ele é muito mal gasto.”

A sugestão de mudança desse panorama é o investimento em capacitação, especialmente no ensino de Português e Matemática. “Falta qualidade principalmente nos primeiros anos da Educação Fundamental. Nos países desenvolvidos, esse número é de 3%. Isso significa que na 1ª série do Ensino Fundamental está se condenando um terço da população brasileira ao atraso, à repetência e aos problemas de baixa auto-estima”, conclui o economista.

Livro
Ao final de dois anos de trabalho sobre esse tema, Ioschpe escreveu o livro vencedor do Prêmio Jabuti 2005, A Ignorância Custa um Mundo. “É a visão de um economista sobre o sistema educacional brasileiro. Com a nova abordagem, espero arejar as discussões sobre políticas públicas de desenvolvimento.”

'O fator determinante é a qualidade do ensino. Se for ruim, o aluno repete. E, se ele repetir continuamente e não tiver base de aprendizado, acaba evadindo-se”

GUSTAVO IOSCHPE

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Jornal da Tarde

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