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Nova missão fará busca no Araguaia


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 08/05/07

Nova missão fará busca no Araguaia
Até julho, outro grupo do governo irá à região tentar localizar restos mortais de militantes políticos

Eduardo Kattah, BELO HORIZONTE

O governo federal prepara nova diligência ao Araguaia para tentar localizar os restos mortais de militantes políticos que combateram no movimento armado contra o regime militar, segundo informou ontem o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. O ministro sugeriu uma participação mais efetiva do setor de inteligência da Polícia Federal (PF) na coleta de informações que possam ajudar a encontrar as ossadas ou descobrir o destino dos corpos de cerca de 60 militantes.

Após três anos e meio de trabalho, uma comissão interministerial não conseguiu localizar os restos mortais de nenhum desaparecido na Guerrilha do Araguaia, organizada pelo PC do B no final dos anos 60 e início dos 70, no norte do País.

Vannuchi lembrou que o relatório da comissão, divulgado no final de março, pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que reúna os chefes das Forças Armadas e solicite “rigorosa investigação” formal sobre as operações realizadas na guerrilha, inclusive “intimando, ouvindo formalmente” os agentes no prazo de 120 dias. No relatório, as Forças Armadas informaram que toda a documentação oficial referente à guerrilha foi destruída em diferentes “momentos históricos”.

“Provavelmente até julho poderemos realizar nova diligência no Araguaia. Se as informações novas demandadas às Forças Armadas forem apresentadas, aumentarão as chances de êxito”, comentou o ministro, que participou em Belo Horizonte do lançamento de banco de DNA de familiares das vítimas do regime militar. Parentes de 13 desaparecidos tiveram amostras de sangue coletadas na capital mineira.

“Se não houver nenhuma informação, que apresentem então como os mortos tiveram seus corpos destruídos”, enfatizou. Ao destacar que o procedimento não é simples e deve ser demorado, Vannuchi recorreu à inteligência da PF - “capaz de preparar a Operação Hurricane e tantas outras, que pega juízes de tribunais superiores”.

O ministro observou também que a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos iniciou na quinta-feira a segunda etapa de trabalho com a coleta de depoimentos que possam auxiliar na localização dos restos mortais dos desaparecidos políticos, como foco no Araguaia.

Segundo Vannuchi, são contabilizados pouco menos de 150 desaparecidos políticos no Brasil. A comissão deverá divulgar até o final de junho um livro com o reconhecimento da “dívida” e responsabilidade do Estado na morte e desaparecimento de 356 pessoas, de um total de aproximadamente 500 casos analisados durante dez anos.

http://txt.estado.com.br/editorias/2007/05/08/pol-1.93.11.20070508.15.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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