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Presidente da CNBB critica educação sexual


Publicado no Site da Folha Online em 08/05/2007

Para presidente da CNBB, educação sexual induz à promiscuidade
DENIZE BACOCCINA
da BBC

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal dom Geraldo Majella, diz que o programa de educação sexual do governo federal induz à promiscuidade, ao promover a distribuição de preservativos.

"Favorecer uma educação, para quê? Para estimular a precocidade da criança, do adolescente, como no caso da camisinha. Será que isso é educativo? Isso é induzir todos à promiscuidade", afirmou dom Geraldo em entrevista à BBC Brasil, poucos dias antes de encerrar seu mandato à frente da CNBB, nesta quarta-feira, e transmitir o cargo ao arcebispo de Vitoria da Conquista, dom Geraldo Lyrio Rocha, eleito na semana passada.

Mas ele diz que "é difícil" orientar um casal casado a não usar preservativo para prevenir doenças. "É difícil orientar. Mas nós não temos suficiente possibilidade de dizer faça assim ou faça de outro modo", afirmou dom Geraldo.

Dom Geraldo também criticou a iniciativa do ministro da Saúde, José Ramos Temporão, de promover um debate sobre o aborto, e disse que se houver um plebiscito para legalizar a prática, a Igreja fará uma grande campanha para incentivar os fiéis a votarem contra.

O cardeal disse ainda que está decepcionado com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em quem depositou esperanças por seu passado de trabalhador e líder sindical.

"Não estou satisfeito plenamente. Já se passou um mandato inteiro. Privilegiou sempre o capital e não o trabalho", afirmou.

Acompanhe os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - Dom Geraldo, duas questões surgiram nas últimas semanas envolvendo de alguma maneira convicções da Igreja. O ministro da Saúde quer fazer um debate e até propor um plebiscito para a população brasileira sobre o aborto. A Igreja Católica é contra, nós sabemos, mas o que a Igreja pretende fazer para influenciar esse debate ou até evitar que ele aconteça?
Dom Geraldo Majella - Se for confirmado o plebiscito, vamos fazer uma campanha grande de esclarecimento para levar nossos fiéis a assumirem com responsabilidade uma resposta negativa a este plebiscito.

BBC Brasil - O argumento do Ministério da Saúde é que milhares de mulheres morrem de complicações decorrentes de abortos feitos sem segurança. Este argumento de alguma maneira sensibiliza a Igreja?
Dom Geraldo - Não, a gente sabe que a Saúde deve socorrer todos os casos de acidentes. E até mesmo de quem procurou (o aborto), contrariando todo o mandamento de não matar, e teve conseqüências. Claro que nós não vamos deixar de socorrer, isso é uma necessidade.

BBC Brasil - A outra questão são as pesquisas com células-tronco, onde a situação é inversa, já que elas são permitidas e podem vir a ser proibidas pelo Supremo Tribunal Federal. Como a Igreja está agindo neste caso?
Dom Geraldo - Nós não somos contra as pesquisas. Há tantos modos de buscar aquilo que é tanto noticiado em toda parte, que as células-tronco são milagrosas, quase. Primeiro, as pesquisas ainda estão bastante longe. Não é de hoje para amanhã, como a opinião pública, que não é informada suficientemente, pode pensar. Não é usar aí um feto, um embrião, e já está resolvido.

BBC Brasil - Mas a igreja é totalmente contra essas pesquisas da maneira que elas são permitidas atualmente?
Dom Geraldo - Claro, porque não se pode fazer morrer alguém para pesquisa. Nós não concordamos que sejam sacrificados embriões. Não se pode matar um para que o outro viva.

BBC Brasil - Outro ponto polêmico é o uso de preservativos. Há pouco tempo, surgiu a possibilidade de a Igreja vir a permitir o uso da camisinha entre casais casados para evitar a Aids. Qual é a orientação que um padre brasileiro deve dar a um casal quando um dos dois tem a doença, que não tem cura, e cuja contaminação pode ser evitada com o uso do preservativo?
Dom Geraldo - Se é que vão vir novas orientações da Santa Sé - nós não recebemos nada. Nós procuramos não ter saídas fáceis para todos os problemas que acontecem. É importante levar as pessoas a tomar uma co

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u62121.shtml

Jornal O Estado de São Paulo

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