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Investigar é chave para aprender


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 11/06/07

Investigar é chave para aprender
Professores com bom material conseguem instigar mais os alunos a descobrir como a ciência é feita

Giovana Girardi

Na hora de buscar responsáveis pelas deficiências no ensino de ciências do País, a culpa sempre recai nos professores. Mas especialistas alertam que a solução vai além de somente melhorar a formação dos docentes. É preciso dar instrumentos para eles conseguirem inovar em sala de aula.

“Hoje vemos ações de formação de professores e outras para melhorar o livro didático, mas não existe conexão entre elas. A formação pode até aprimorar o discurso, mas o livro engessa”, comenta Ana Rosa Abreu, diretora educacional do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sangari do Brasil, instituto que desenvolve modelos de ensino de ciência.

“Nas poucas escolas que têm laboratório, a imagem que os estudantes fazem é de um local antisséptico, para poucos. Para entrar ali tem todo um ritual. A ciência deixa de fazer parte do cotidiano”, complementa a educadora, que defende uma metodologia investigativa de ensino para que o aprendizado se torne natural.

É nisso que se baseia o Ciência e Tecnologia em Criatividade, um programa educativo desenvolvido pelo instituto para ser usado no ensino fundamental. “Por anos ouvimos professores dizendo que gostariam de fazer diferente, mas não tinham coragem de ousar nem sabiam como. Criamos um instrumento para isso”, diz. “O Ministério da Educação tem de entender que o modelo do livro didático é muito restrito. É preciso colocar materiais na mão dessas crianças para elas descobrirem os conceitos por conta própria.”

Jim Heinhold, de 9 anos, é um exemplo de que isso funciona. Aluno do Colégio Via Sapiens, em Cotia, que usa o sistema da Sangari, observa intrigado um pó branco em uma colher colocada sobre uma chama de fogo. O material não gruda, não derrete, nada acontece. Mas o garoto não desanima. “Já sei. É talco”, fala com ar sabichão para a professora Ana Cristina de Lima, que vêm instigando a turma da 4ª série a descobrir o que são quatro “substâncias misteriosas”. Jim diz que a matéria é sua favorita. E gosta tanto que já sabe o que quer ser quando crescer: cientista.

Na rede municipal de São Paulo algumas escolas têm adotado um esquema mais modesto, mas que também busca promover a construção do conhecimento pelo aluno. É o projeto apelidado de “Mãos na Massa”, desenvolvido pela Estação Ciência.

“Na escola pública, ciência não é muito priorizada diante da necessidade de ensinar a ler e a escrever. Aqui nós não temos muitos materiais, mas buscamos trabalhar com temas que tenha significado para os alunos”, conta a professora Janete Santos de Brito, que dá aulas para uma turma do 3º ano em escola de Santo Amaro. “Fazendo experiências, os alunos conseguem estabelecer relações. Eles guardam o novo conhecimento não por mera memorização, mas porque passa a fazer sentido para eles”, diz.



http://www.estado.com.br/editorias/2007/06/11/ger-1.93.7.20070611.2.1.xml

Jornal O Estado de São Paulo

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