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Em vez de brincar e estudar, trabalham


Publicado no Site do Jornal da Tarde em 12/06/2007

Em vez de brincar e estudar, trabalham
Pouco a comemorar no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, Cidade tem 210 mil crianças que trabalham; Estado é o 4º no ranking brasileiro

MARICI CAPITELLI e CAMILLA HADDAD

Hoje, os amigos Mateus, de 9 anos, Ricardo, 10anos , e Fernando, 8 anos, vão repetir a rotina de todos os dias: recolher ferro-velho pelas ruas de São Mateus, na Zona Leste. Com os pais desempregados, em vez de jogar bola eles precisam driblar a miséria com trabalho. Os três fazem parte de um time de 210 mil crianças que trabalham em São Paulo, Estado que ocupa o 4º lugar no ranking do Brasil. Um triste pódio para se refletir no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

“Claro que eu preferia estar brincando, mas tenho que sustentar minha família”, diz Mateus enquanto empurra uma carriola carregada de barras de ferro, atividade que realiza por mais de seis horas. Na Capital, não se sabe ao certo o número de crianças trabalhadoras. “Existe o trabalho nas ruas e aquele silencioso de crianças no trabalho doméstico, no comércio e na reciclagem”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, Floriano Pesaro.

Dados da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMDAS) apontam que nos últimos dois anos e quatro meses, 1.453 crianças deixaram de trabalhar nas ruas. Em dezembro de 2004, 2.907 crianças recebiam o benefício do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Em abril deste ano, o número já estava em 4.338, o que significa aumento de 49% de crianças assistidas.

A bolsa do Peti é de R$ 40 mensais . Valor difícil de competir com o que as crianças conseguem tirar nas ruas. Nos faróis da Capital, por exemplo, a venda de produtos ou malabares rende em média R$ 30 por dia. “Fico muito zangado quando se fala do valor do Peti. Na verdade, todo o trabalho que fazemos é para incluir as famílias dessas crianças em vários programas de transferência de renda e não apenas em um”, afirmou Pesaro.

Para Isa Maria de Oliveira, secretaria executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Peti não pode ser visto como concorrente do trabalho nas ruas. “Deve ser uma porta de entrada para que as famílias sejam inseridas em outros programas sociais.”

Em São Paulo, uma das bases de apoio para o combate ao trabalho infantil são os núcleos socioeducativos. As crianças beneficiadas pelo programa ficam nesses locais, após o horário de aula, para participar de atividades pedagógicas e culturais. Na Capital 401 núcleos estão em atividade.

Para o secretário,hoje não é um dia de comemoração, mas de reflexão. “Os números mostram um progresso, mas a situação é gravíssima. A sociedade tem que se conscientizar que criança não pode trabalhar”. Para a criançada, ao menos uma surpresa: à tarde, Pesaro leva 3 mil meninos e meninas para passear no Playcenter e assina um convênio com cinco parques de diversões, que irão ceder 500 ingressos por mês para a secretária.


CONTRIBUIÇÃO NO LUGAR DA ESMOLA

Em vez de dar esmolas ou comprar produtos de crianças nos faróis, a Prefeitura sugere às pessoas que façam doações ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad): Banco do Brasil, agência 1897-X - C/C 5738-X.

A contribuição dá direito a abatimento no Imposto de Renda devido: 1% (empresa) e 6% (pessoa física). Outra opção é fazer doações à entidades sociais



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Jornal da Tarde

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