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Águas livres de esgotos


Publicado no Site do Jornal O Estado de São Paulo de 18/06/07

Águas livres de esgotos


Mais uma etapa do Projeto Tietê foi concluída com a inauguração da interligação do coletor-tronco Córrego do Sapateiro ao interceptor Pinheiros, na quinta-feira. A obra, realizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), custou R$ 20 milhões e cria condições para que 400 litros por segundo de esgoto, lançados pelos imóveis das regiões do Ibirapuera e da Chácara Itaim, deixem de poluir o Rio Pinheiros e os lagos do Parque do Ibirapuera. Esse resultado, no entanto, só será plenamente atingido quando os proprietários de imóveis desses bairros ligarem as redes domésticas de esgoto às da Sabesp. Muitos moradores, por uma série de razões, deixam de fazer as ligações. A Prefeitura, no entanto, desde 2002 dispõe de meios legais para obrigar os recalcitrantes a fazer as ligações. O não-cumprimento da lei é punido com multa de R$ 500,00, que dobra se a ligação não for feita em 60 dias.

A segunda etapa do Projeto Tietê - iniciada em 2002, com conclusão prevista para 2008 - exigirá investimentos de US$ 1,5 bilhão na construção de 12 estações elevatórias de tratamento de esgoto de grande porte, 1,2 mil quilômetros de redes coletoras, 110 quilômetros de coletores-tronco, 36 quilômetros de interceptores e 290 mil ligações domiciliares. O projeto é o maior programa de saneamento ambiental do País e considerado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento como um dos mais bem gerenciados do mundo.

Na região do Ibirapuera e Itaim, uma tubulação de 2,5 quilômetros, com 1.500 mm de diâmetro, foi instalada nas Ruas Leopoldo Couto de Magalhães, Dr. Renato Paes de Barros, Bandeira Paulista, João Cachoeira, Clodomiro Amazonas e Avenida Faria Lima, para coletar o esgoto que até agora vinha sendo irregularmente despejado em cursos d'água ou galerias de água pluvial.

A Sabesp também ampliou a Estação Elevatória de Esgoto Pinheiros, com investimento de mais R$ 23 milhões. Três grandes conjuntos de motobombas farão o recalque do esgoto coletado na zona sul até a estação de tratamento de Barueri. A empresa destina ainda outros R$ 18,64 milhões, que se somam a mais R$ 500 mil da Prefeitura, para a despoluição do Córrego do Sapateiro.

Nos bairros do Ibirapuera e do Itaim, onde o metro quadrado é um dos mais caros da cidade, luxuosos empreendimentos comerciais e residenciais substituem antigas residências e pequenos prédios comerciais numa velocidade impressionante. Essa mudança produz significativo impacto sobre a infra-estrutura urbana, exigindo ampliação de redes de serviços públicos e adequação do trânsito, entre outras caras providências por parte da Prefeitura. É fundamental, portanto, que as subprefeituras fiscalizem o cumprimento das obrigações de empreendedores e proprietários de imóveis em relação ao saneamento. A coleta e o tratamento adequado do esgoto é uma questão de saúde pública. O governo está cumprindo a sua parte e deve exigir o mesmo dos proprietários de imóveis.

Há três anos, medição da Cetesb constatou a existência de 105 mil partículas de coliformes fecais para cada 100 mililitros de água do Lago do Ibirapuera. Pelas normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente, não poderia haver mais do que 4 mil partículas por 100 mililitros de água. Na época, fiscais da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente encontraram ligações clandestinas de esgoto em quase 900 imóveis do bairro. Estimava-se que pelo menos 69 mil litros de esgoto eram despejados diariamente no lago.

Na manhã de quinta-feira, ao participarem do ato simbólico de entrega da obra, no Parque do Ibirapuera, o governador do Estado, José Serra, e o prefeito da capital, Gilberto Kassab, divulgaram os resultados do Programa Córrego Limpo, que já despoluiu quatro cursos d'água da cidade. Para tanto, a Sabesp investiu R$ 163 milhões e a Prefeitura, R$ 37 milhões.

Serra e Kassab assinaram um termo de cooperação para assuntos ambientais, que deverá acelerar o programa de despoluição de outros 36 córregos da cidade, beneficiando mais de 2,3 milhões de pessoas. Trata-se de uma parceria benéfica pa

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Jornal O Estado de São Paulo

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