Computadores e a falta de estrutura em escolas |
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Publicado no Site da Globo em 18/06/2007 |
Alunos sofrem com falta de estrutura em escolas
Muitos computadores distribuídos pelo governo federal ainda não foram usados.
Unidades não têm dinheiro para comprar móveis e contratar profissionais especializados.
Ninguém duvida que o computador é uma importante ferramenta de educação. Mas a máquina sozinha não faz milagres. Para transformar o ensino, o computador precisa vir acompanhado de pessoal qualificado e instalações. Mas não é isso o que ocorre no Interior de Minas Gerais.
Em Uberlândia, por baixo do pano, um patrimônio público está ainda sem utilidade. Pilhas de computadores estão na caixa – todos novinhos. Nunca foram usados, porque não há espaço na escola estadual para instalar os novos equipamentos.
“Os alunos estão procurando, estão precisando do material e estão sendo prejudicados por conta disso”, comenta a bibliotecária Denise dos Santos.
Só em um colégio, são dez computadores encaixotados na biblioteca. Sem ter acesso à tecnologia, os alunos mantêm a rotina: livros, cadernos e lápis. “A gente tem tecnologia, que é muito exigida no dia de hoje, mas não está disponível aqui na escola”, diz a estudante Núbia Cristina da Silva, de 16 anos.
Os novos computadores fazem parte de um lote que começou a ser distribuído pelo governo federal no ano passado. Em todo o país, foram entregues quase 76 mil. A partir de setembro, outros 120 mil computadores chegarão às escolas públicas. Mas o caminho para a inclusão digital não passa apenas pela doação de máquinas novas. É preciso ainda infra-estrutura adequada.
Aulas adaptadas
Em muitas escolas, os computadores chegaram, mas os móveis, não. Em uma unidade de ensino, os teclados ficam no colo dos alunos, porque não há dinheiro para comprar mesas. “Eles (alunos) ficam até ajoelhados, sentados de qualquer forma. Isso prejudica a coluna deles”, afirma a professora Sandra Machado Rodrigues.
Alguns alunos ocupam funções de educadores nas salas de informática. Como não há professores para tantas turmas, os pequenos que já tem alguma noção de informática ensinam os coleguinhas. “Eles perguntam, a gente coloca no site, ensina para eles”, conta a estudante Ketly Soares, de 10 anos.
Dia após dia, alunos e professores tentam vencer as dificuldades, por entender que os benefícios compensam os desafios. “No computador, pela internet, você aprende mais rápido”, avalia uma estudante.
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL54086-5598,00.html
Globo.com
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