Uso racional da água em debate |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 20/06/07 |
Uso racional da água em debate
Representantes do governo, da academia e da sociedade civil organizada reuniram-se para discutir novas formas de otimizar a utilização do recurso hídrico
LUANDANERA, luanda.nera@grupoestado.com.br
Técnicas de reúso, processos produtivos que eliminem o desperdício, consumo consciente e novas soluções de tratamento e despoluição são algumas opções já disponíveis que possibilitam a utilização mais sustentável da água. Mas é consenso, por outro lado, que é preciso ir mais além, desenvolver novas tecnologias que permitam um melhor aproveitamento do recurso.
A discussão ganhou espaço na Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2007, realizada na semana passada, em São Paulo, pelo Instituto Ethos. Representantes dos governos e da sociedade civil apresentaram as iniciativas que já vêm sendo realizadas e, principalmente, apontaram as necessidades de investimento e pesquisa.
“Nos últimos 60 anos, a população mundial duplicou. E o consumo de água está 7 vezes maior! Hoje, mais de 1 bilhão de pessoas não tem acesso à água. As perspectivas são catastróficas”, anunciou Marussia Whately, coordenadora do Programa Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo do Instituto Socioambiental (ISA) e moderadora do debate.
Antônio Félix Domingues, superintendente de Conservação de Água e Solo da Agência Nacional de Águas, considerou a instituição da cobrança pelo uso da água, a partir da aprovação do Código das Águas (Lei nº 9.433), em 1997, como o principal avanço ocorrido no Brasil para a gestão sustentável desse recurso natural. E ressaltou as determinações da lei para uma gestão participativa dos recursos hídricos, por meio dos Comitês de Bacia.
No entanto, foi unânime entre os debatedores a necessidade de se ampliar essa participação, especialmente nas regiões urbanizadas. Marcos Helano Fernandes Montenegro, diretor de Desenvolvimento e Cooperação Técnica do Ministério das Cidades, declarou: “O acesso às águas nas cidades é a cara da injustiça que acontece hoje nos centros urbanos brasileiros. Não será possível resolver esse problema sem tirar a população pobre das margens dos córregos e rios de nossas cidades.”
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Jornal da Tarde
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