O lazer contra a violência |
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Publicado no Site do Jornal da Tarde em 20/06/07 |
O lazer contra a violência
Gilson Barreto*
A redução da pobreza, por si só, não elimina a violência, por ser incapaz de proporcionar a plenitude que deve, necessariamente, caracterizar a cidadania. É preciso, pois, dar atenção a outros aspectos. De acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil da Fundação Seade, os distritos mais distantes da região central do Município de São Paulo se destacam entre aqueles que apresentam os piores indicadores. Levam-se em conta critérios como o porcentual de jovens de 15 a 19 anos por distrito e a taxa de mortalidade por homicídio da população masculina de 15 a 19 anos.
A análise desse mapa aponta para a necessidade de uma maior afirmação das políticas públicas nas regiões periféricas. Nessa linha, é importante discutir soluções. Vejamos o exemplo da Zona Leste. O anúncio da criação, em São Mateus, dos parques municipais lineares Nascentes do Aricanduva e Limoeiro e Caguaçu afirma o princípio da oportunidade para todos. A área dos novos parques é hoje circundada por quase 100 favelas. Milhares de famílias apresentam renda mensal de até 5 salários mínimos. São moradores que desfrutarão do impacto socializante que desviará muitos jovens das drogas para o convívio com a família e com os amigos que manifestem interesses saudáveis, como a prática de esportes.
Por tudo isso, a construção desses e de outros 20 parques lineares deverá ajudar na redução da violência. Nesse aspecto, é acertada a ênfase da administração municipal em sua opção pelo lazer na periferia.
*Vereador pelo PSDB e 2º vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo
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Jornal da Tarde
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